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Michel Temer Político paulista

23/09/1940, Tietê (SP)

Rosana Cesar<br>Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

18/08/2010 07h11

Michel Miguel Elias Temer Lulia formou-se em direito pela USP (Universidade de São Paulo) em 1963, logo exercendo o cargo de procurador do Estado de São Paulo em 1970. Em 1983, o então governador Franco Montoro (1983-1987) designou-o para ocupar a Procuradoria Geral do Estado. No ano seguinte, Michel Temer tornou-se secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, mas exonerou-se para concorrer nas eleições para deputado federal constituinte pelo PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro).

Foi eleito suplente, assumindo depois o mandato do titular. Na Assembleia Nacional Constituinte, votou a favor da legalização do aborto e da extensão do mandato de cinco anos para o presidente José Sarney, dentre outros; votou contra a pena de morte e a limitação do direito de propriedade privada. Voltou à Segurança Pública do Estado em 1992, após o "Massacre do Carandiru", reabrindo o diálogo sobre a defesa dos direitos humanos.

Em 1995, como deputado federal, tornou-se, também, líder do PMDB na Câmara. Em 1996, foi indicado a relator da reforma da Previdência pelo governo. Porém, foi acusado de estar eticamente impedido devido a irregularidades em seu pedido de aposentadoria como procurador do Estado. No mesmo ano foi aprovada em primeiro turno sua proposta de reforma da Previdência. A vitória, porém, foi acompanhada de denúncias de coação e uma série de promessas de benefícios aos deputados.

Em 1997, Temer foi eleito presidente da Câmara dos Deputados. Durante o período, triplicou a verba de despesa dos gabinetes e permitiu que os deputados aumentassem os salários de seus assessores. Já em outubro de 1998, reelegeu-se deputado, sendo o candidato mais votado do PMDB. Foi novamente reeleito presidente da Câmara em 1999, sendo candidato único.

Em 2004, reeleito presidente nacional do PMDB, disputou as eleições municipais de São Paulo, como candidato a vice-prefeito de Luísa Erundina (PSB). No segundo turno, incentivou os presidentes de diretórios do PMDB a apoiarem o candidato José Serra, do PSDB, que disputava com a candidata Marta Suplicy, do PT.

Defendeu a candidatura própria do PMDB às eleições presidenciais de outubro de 2006, sendo, porém, contrariado pela convenção do partido. Decidiu, naquelas eleições, apoiar Geraldo Alckmin, do PSDB, mas com a reeleição de Lula, aderiu ao seu governo, de modo que foi um dos principais negociadores da participação de seu partido no governo reeleito do PT.

No ano de 2010, Temer foi confirmado, por unanimidade, como candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff, do PT, defendendo a unificação do partido, que, segundo ele, não vai apenas fazer parte do governo, mas vai, também, governar.

Fonte: Folha de S. Paulo; UOL; CPDOC-FGV