Aquecimento global - causas - Mudanças climáticas afetam vida no planeta
Ronaldo Decicino
(Atualizado em 06/01/2014, às 13h38)
Para grande parte da comunidade científica, o aquecimento global é o resultado da emissão excessiva de gases relacionados ao efeito estufa na atmosfera, principalmente o dióxido de carbono (CO2). Esse excedente forma uma camada que fica mais espessa a cada ano, impedindo a dispersão da radiação solar e, em consequência, aquecendo exageradamente o planeta.
O aquecimento global está ligado a fenômenos como o degelo nas regiões polares e o agravamento da desertificação. Um aumento de 1o C na temperatura média da Terra seria o suficiente para alterar o clima de várias regiões, afetando a biodiversidade. De acordo com os cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do Clima, da ONU, o século 20 foi o mais quente dos últimos 500 anos, com aumento da temperatura média entre 0,3 oC e 0,6 o C.
Segundo os cientistas, as causas do aquecimento global são, principalmente, a derrubada de florestas e a queima de combustíveis fósseis - petróleo, carvão e gás natural -, atividades cada vez mais intensas desde o início da Revolução Industrial, em meados do século 18. Esses três combustíveis correspondem a mais da metade das fontes de energia do mundo. Formam, portanto, a base da atividade industrial e dos transportes
Entre as causas, ainda podemos citar o excesso de gases como metano e óxido nitroso, que são gerados, sobretudo, pela decomposição do lixo, pela pecuária e pelo uso de fertilizantes.
Substâncias químicas artificiais
O dióxido de carbono é um gás essencial à vida, produzido pela respiração dos seres vivos, pela decomposição de plantas e animais, e também na queima de combustíveis fósseis e de florestas. O tempo de sua permanência na atmosfera é de 100 anos, no mínimo. O principal processo de renovação do gás é a sua absorção por oceanos e florestas. No início do século 21, o planeta Terra emite entre oito e nove bilhões de toneladas de CO2 por ano. Desse total, 80% vem da queima de combustíveis fósseis.
As emissões de substâncias químicas artificiais - sobretudo os clorofluocarbonos (CFC), desenvolvidos na década de 1930 para serem usados especialmente como fluidos refrigerantes em geladeiras e aparelhos de ar-condicionado - intensificam as reações químicas que destroem o ozônio. Sem a camada de ozônio absorvendo parte da radiação ultravioleta B (UVB) emitida pelo sol, as plantas teriam uma redução na capacidade de fotossíntese e haveria maior incidência de câncer de pele e catarata nos humanos.
A diferença entre efeito estufa e aquecimento global é que o efeito estufa é um fenômeno atmosférico natural, em que os gases da atmosfera funcionam como um anteparo, deixando passar a luz solar para seu interior, mas aprisionando o calor. Sem esse processo seria impossível a vida na Terra, já que a temperatura média seria 33o C menor. Já o aquecimento global é causado pelas atividades humanas e resulta no agravamento desse processo natural.
Quanto ao aparecimento de buracos na camada de ozônio, trata-se de um processo natural, já que, em certas épocas do ano, reações químicas na atmosfera produzem aberturas na camada, mas que depois se fecham. No entanto, a atividade humana acentuou esse processo.