Guerra no Líbano - Conflito envolveu cristãos e muçulmanos do Líbano
A guerra civil no Líbano foi resultado das tensões e conflitos entre árabes e israelenses pela posse do território da Palestina.
Até 1943, o Líbano era colônia francesa e estava anexado à Síria. A conquista da independência, porém, não significou o surgimento do Estado nacional libanês, já que, além da Síria não reconhecer a emancipação do país, divisões religiosas internas inviabilizaram o exercício de um poder centralizado.
Divisões internas no Líbano
Os libaneses dividiam-se em uma minoria de cristãos maronitas, herdeiros da tradição das cruzadas que haviam conquistado Jerusalém na Idade Média, que controlavam a economia e eram aliados do Ocidente, e muçulmanos, ligados à Síria. Cada região era governada por um grupo, cristão ou islâmico, que organizava a defesa, cobrava tributos e exercia a justiça de acordo com seus interesses.
Antagonismos entre os grupos sempre houve, todavia as sucessivas guerras entre árabes e israelenses na região criaram um cenário propício à eclosão de uma guerra civil. A ocupação israelense sobre a quase totalidade do território palestino obrigou um imenso contingente populacional a buscar refúgio nos países vizinhos. Milhares de palestinos migraram para o sul do Líbano, onde passaram a viver em situação precária e, o que é pior, de onde grupos radicais islâmicos iniciaram ataques militares contra o norte de Israel.
Os grupos populares muçulmanos do Líbano começaram então a enfrentar os cristãos, ocasionando uma devastadora guerra civil que se estendeu por quase dez anos (1975 - 1985).
Em 1982, tropas israelenses foram enviadas para o sul do Líbano pelo ministro da Defesa Ariel Sharon, numa operação denominada "Paz na Galileia", com o objetivo de neutralizar as forças palestinas instaladas no sul do país. Os combates se estenderam até meados dos anos 1980, quando foi organizado um governo de maioria cristã e pró-Síria.
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