Inclusão política - Massas sociais urbanas são incluídas no sistema político
As conjunturas políticas populistas tendem a ser momentos de inclusão das massas sociais urbanas ao sistema político. Não obstante, esse processo ocorre de modo reacionário, à medida que os líderes políticos ou governantes populistas utilizam o poder estatal para bloquear continuamente a organização autônoma das classes populares e trabalhadoras.
Getúlio Vargas, por exemplo, em seu primeiro mandato governamental ditatorial (1930-1945), concedeu uma série de benefícios e direitos sociais aos trabalhadores urbanos, mas os sindicatos e associações de classe que surgiram na época já nasceram atrelados à estrutura estatal.
A sobrevivência e preservação do populismo tende a assumir feições acentuadamente autoritárias, sendo comum o emprego da violência e repressão policial contra qualquer movimento social ou político que pretenda se insurgir contra a ordem vigente. Durante o Estado Novo, por exemplo, Getúlio Vargas reprimiu violentamente todos os movimentos sociais e partidos políticos de esquerda.
Populismo hoje
Na América Latina, o populismo de direita vicejou durante as fases de modernização social, dando origem a um estilo de governar e a uma orientação política governamental baseada no papel preponderante do Estado no processo de desenvolvimento nacional.
O Estado fomentou o desenvolvimento econômico e social conciliando os interesses das classes dominantes (burguesia e latifundiários) e anulando a capacidade de ação política autônoma das classes populares. O populismo, porém, ainda faz parte da recente história política da América Latina. Os presidentes Hugo Chávez (da Venezuela) e Evo Morales (da Bolívia) são dois exemplos de governantes de esquerda que adotaram algumas práticas e o estilo populista de governo.
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