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Professores do RJ fazem apitaço em frente ao Palácio Guanabara; categoria está em greve por incorporação de gratificação ao salário

Da Redação<br>Em São Paulo

10/09/2009 14h02

Cerca de mil manifestantes acabam de fazer um "apitaço" em frente ao Palácio Guanabara nesta quinta (10). Os professores da rede estadual de ensino reivindicam que gratificação Nova Escola seja incorporada ao salário até o final de 2010 - e não em seis anos, como foi aprovado pela Alerj (Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) na última terça-feira (8).

A estimativa do número de participantes é do Sepe-RJ, sindicato da categoria. A PM (Polícia Militar), por meio de sua assessoria de imprensa, disse não poder estimar o tamanho do grupo de manifestantes.


Os professores começaram a se reunir por volta das 10h da manhã, no Largo do Machado, zona sul do Rio e seguiram em passeata até o Palácio Guanabara. Segundo a PM, a guarda no local foi reforçada.

Segundo Claudio Monteiro, do Sepe-RJ, a manifestação seguiu sem tumultos. "Como ficou acordado que o carro de som não ficaria aqui no Palácio, seguimos para um pouco mais para a frente, na rua Pinheiro Machado. Na última terça, manifestantes e policiais entraram em conflito durante protesto da categoria.

Greve de professores

Os professores estaduais do Rio de Janeiro decidiram entrar em greve por tempo indeterminado na última terça (8). Segundo o Sepe-RJ, sindicato da categoria, o protesto se deve à aprovação do projeto de lei que prevê a incorporação da gratificação "Nova Escola" ao salário dos servidores da educação em prazo de seis anos. A matéria foi aprovada na última terça (8) pela Alerj (Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro).

Os professores reivindicam que o aporte no salário seja feito ainda no mandato do governador Sérgio Cabral, ou seja, até o final de 2010. A greve está mantida "até que o governo do Estado atenda às reivindicações da categoria de inclusão dos profissionais que trabalham em regime de 40 horas no plano de carreira e de incorporar ainda neste mandato a gratificação do Nova Escola", diz nota da entidade.


Nova Escola

O projeto de lei 2.474/09 foi aprovado na última terça (8) por unanimidade. Segundo a Alerj, o texto será enviado ao governador Sérgio Cabral na forma de um substitutivo com quatro emendas que garantiram, entre outras coisas, a manutenção do interstício de 12% - pago como progressão por tempo de serviço ou formação aos professores, a cada cinco anos. O texto enviado à Casa reduzia o percentual a 7,5%.

Ainda de acordo com a Alerj, com a aprovação do substitutivo, 53.721 professores, 15.949 profissionais de apoio e mais 95 mil aposentados, pensionistas e profissionais recém-concursados serão beneficiados pelo reajuste.

Segundo a secretaria de Planejamento do Estado, o teto entre os valores que poderão ser incorporados é de R$ 435,10. Na regra atual, 700 profissionais recebiam essa quantia como gratificação segundo a pasta. Professores de nível 1 receberão R$ 100 de reajuste. Os outros profissionais receberão reajustes 12% maiores conforme o nivel em que se encontrem.