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Enem 2010: Alunos pedem para colegas ingressarem com ações no Ministério Público

Especial para o UOL Educação

Em Salvador

07/11/2010 13h47Atualizada em 08/11/2010 08h01

Enquanto aguardavam pela abertura dos portões no Campus Federação 1 da UCSal (Universidade Católica do Salvador) na manhã deste domingo (7), pelo menos cinco estudantes tentaram convencer colegas a ingressar com ações no Ministério Público Federal contra o MEC (Ministério da Educação) pela falha ocorrida no primeiro dia de provas do Enem, realizado neste sábado. "Se a gente não pressionar, não vai acontecer nada. Vi alguns procuradores dizendo que as provas podem ser anuladas e quem se sentiu prejudicado deve ingressar com ações mesmo", disse a estudante Aline Pereira, 22.

O MEC confirmou que os cabeçalhos dos gabaritos não coincidiam com os cabeçalhos dos cadernos de provas, mas descartou a possibilidade de a prova ser anulada. Neste sábado, a folha de respostas das questões 1 a 45 eram de ciências humanas e suas tecnologias e, no caderno de respostas, esta mesma numeração correspondia à área de ciências da natureza e suas tecnologias.

Pai de uma aluna que está fazendo o Enem, o advogado Saulo Oliveira disse que o erro de impressão gráfica constatado neste sábado pode determinar a anulação das provas. "Os alunos foram prejudicados, isso é um fato incontestável." A estudante Roberta Matos, que prestou queixa na delegacia contra o MEC, disse que vai recorrer à Justiça para preservar os seus direitos. "Já tinha respondido ao menos 25 questões quando o erro foi constatado. Fui lesada e quero reparação."

Neste segundo e último dia de prova do Enem, o movimento foi tranquilo nos principais colégios de Salvador. Mesmo sem os engarrafamentos registrados neste sábado, teve candidato que chegou atrasado e não conseguiu entrar. "O ônibus não passou na hora certa e não tinha dinheiro para vir de táxi", afirmou o estudante Pedro Rangel, 20.

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