Escola na Inglaterra monta coral com alunos cantando Iron Maiden
Enquanto no Brasil um aluno foi repreendido na escola por gostar de rock pesado, um colégio da Inglaterra incentivou a "paixão" pelo gênero e colocou os alunos para cantar "Flight of Icarus", da banda britânica Iron Maiden. O vídeo com o coral infantil parou na internet.
Veja o vídeo ds crianças cantando "Flight of Icarus"
O objetivo da Escola Primária de Watville, na cidade de Bimingham, era reunir crianças entre 7 e 11 anos para divulgar a campanha filantrópica da instituição Cash for Kids ("Dinheiro para Crianças", em tradução livre).
No vídeo, as crianças encenam uma pequena coreografia e simulam uma guitarra com as mãos.
No Brasil...
Já no Brasil, um estudante fã de Iron Maiden foi repreendido por gostar da banda. O primeiro dia de aula do garoto Marcelo Corrêa Carvalho, 8, no colégio Ponto Alfa, em São José do Rio Preto (438 km de São Paulo) foi também o último. Seus pais decidiram mudar o menino de escola depois de ele ser repreendido pela diretora por gostar de rock.
Tudo começou porque Marcelo começou a batucar na carteira como se estivesse tocando bateria. A professora não gostou e o mandou para a diretoria. Lá, a diretora Ana Maria Fernandes questionou seu comportamento e suas escolhas.
O menino teria dito a ela que quer ser guitarrista e que sonha em tocar com o Iron Maiden. A diretora mostrou imagens de capas de CDs das bandas, na tela do computador, e o alertou que “todas fazem referência ao demônio, com imagens satânicas e que lembram a morte”.
“Eu quis despertar nele uma reflexão para a realidade. Esse é meu trabalho, e as letras que ele ouve fazem alusão à besta, ao demônio. Não têm mensagem positiva”, disse a diretora.
Marcelo, 8, fã de Iron Maiden e Ozzy Osbourne, foi advertido por diretora de escola de São José do Rio Preto (SP) por gostar de rock pesado
Nara Corrêa Carvalho, 26, mãe do garoto, diz que ele voltou para casa apavorado com o que viu na sala da diretora. Segundo Nara, Marcelo contou que a diretora lhe mostrou imagens de demônios e disse que os roqueiros fazem rituais satânicos. “Ela disse que eles sacrificam animais, cortam as cabeças e que têm pacto com o demônio. Ele ficou apavorado.”
Ana relatou que queria ajudar o garoto e a família, que, de acordo com ela, não tem consciência do que dizem as letras das músicas que o menino ouve. “Eu conversei três horas e meia com Marcelo. Ele é agressivo, e isso se deve a esse hábito de ouvir essas músicas que estimulam a violência.”
O colégio Ponto Alfa é uma escola particular de ensino fundamental com apenas 15 alunos por sala de aula e atende a várias crianças consideradas “difíceis”. Todas as salas são monitoradas por câmeras. A diretora informou que vai colocar no Facebook as imagens do menino em sala de aula para provar o que se passou na escola e de que forma ele foi tratado.
“Essa pessoa tem que entender que as crenças dela não podem interferir na educação das crianças”, disse Nara, mãe de Marcelo. A diretora Ana Fernandes disse que não tem religião, é uma pessoa cristã e lê apenas a Bíblia.
* Com reportagem de Ellen de Lima, especial para o UOL Educação, em São José do Rio Preto (SP)
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