Greve de professores e funcionários da USP de Lorena completa uma semana
A greve dos funcionários e professores do campus da USP em Lorena (198 km de São Paulo) completa uma semana hoje (17) sem previsão de uma data para acabar. Os grevistas reivindicam equiparação salarial e inclusão dos servidores de Lorena ao quadro de funcionários da USP.
A paralisação tem a adesão de todos os 300 funcionários do campus, segundo Vítor José do Amaral Alves, 53, diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo). Cerca de 1.600 alunos estão sem aulas em quatro cursos de graduação em engenharia, ensino médio e de pós-graduação.
Os funcionários do campus de Lorena não têm os mesmos salários dos servidores da USP porque são vinculados à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. A faculdade de Lorena era uma fundação até 1990, quando foi estadualizada pelo governo do Estado. Em 2006, a USP assumiu os cursos. Mas a folha de pagamento continuou responsabilidade do Estado, mediante convênio.
De acordo com Alves, uma reunião ontem (16) entre governo do Estado, reitoria da USP e a direção da faculdade de Lorena decidiu pela criação de um novo convênio para assegurar a equiparação salarial de professores e funcionários com os servidores da universidade.
Complementação de salários
Pelo acordo, que ainda não foi oficialmente anunciado, a USP complementaria os salários dos grevistas mediante o pagamento de um bônus, para torná-los equivalentes aos pagos no restante da instituição. O Sintusp de Lorena quer que a proposta seja debatida em assembleia antes de ser aprovada no próximo dia 26.
“Há uma série de entraves que precisam ser esclarecidos. A dúvida é se esse bônus seria incorporado aos salários quando os servidores se aposentassem ou em casos de morte”, diz Alves. Ele diz que, caso a proposta seja rejeitada, a greve permanecerá por tempo indefinido.
O campus de Lorena oferece cursos de engenharia química, industrial, bioquímica e de materiais. Foram criados três novos cursos para o vestibular de 2012: engenharia de produção, física e ambiental.
A assessoria de imprensa da USP se comprometeu a se manifestar sobre o assunto por escrito. Mas, até o fechamento desta reportagem, não havia enviado e-mail, conforme prometido.
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