Estudantes ocupam diretoria do Colégio Pedro 2° e pedem suspensão do calendário letivo
Estudantes e servidores em greve do Colégio Pedro 2° ocupam desde o início da tarde desta quarta-feira (1º) o andar da direção geral da instituição, na unidade de São Cristóvão, bairro da zona norte do Rio. Eles reivindicam a suspensão do calendário letivo.
Segundo os manifestantes, os professores que não aderiram à greve continuaram a aplicar provas. Os estudantes parados temem ser prejudicados com um período de reposição de aulas que impeça a aprendizagem total do conteúdo e até a perda do ano letivo. Segundo o comando da greve, cerca de cem pessoas ocupavam a sala da direção por volta das 15h desta quarta-feira.
De acordo com o estudante Antônio Mendonça, 17, representante do comando da greve, as provas foram aplicadas no final do último semestre, antes das férias, quando a maioria dos alunos e professores já estavam parados. “O que está acontecendo é que somente um grupo de alunos está sendo avaliado em provas e trabalhos escolares, o que pode prejudicar os estudantes que decidiram parar”, explicou.
A dermatologista Fernanda Martins, 47, reclama que a filha, estudante do segundo ano do ensino médio , tem ido ao colégio para assistir a apenas duas horas de aula. “Tem dia da semana que ela fica mais tempo dentro do ônibus no trajeto de casa para a escola e da escola para casa, do que dentro do Pedro II. Eu espero que essa greve acabe logo, porque ela está sendo prejudicada”, declarou a mãe.
O Sindscope (sindicato dos servidores do Colégio Pedro 2°) defende a paralisação do calendário letivo como forma de garantir a integralidade da aprendizagem. Ainda segundo o sindicato, processos administrativos como transferências de alunos são prejudicados com um calendário desigual entre as unidades.
A estudante do 3º ano, Elisa Martins, 17 anos, do comando de greve, afirmou que os alunos ficarão em vigília nos próximos dias, caso a direção não os receba. A reportagem do UOL Educação procurou a direção do Colégio Pedro 2°, mas foi informada que, por enquanto, a instituição não irá se pronunciar.
Greve começou em junho
A greve no Pedro 2° foi deflagrada no dia 18 de junho. A instituição tem cerca de 13 mil alunos dos ensinos fundamental e médio distribuídos em 14 unidades, sendo 12 na capital, uma em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e outra em Niterói, município da região metropolitana.
O Sindscope reivindica reestruturação do plano de carreira dos professores e técnicos administrativos, 22% de reajuste salarial para todos os servidores, além da abertura de concursos público e o fim da contratação de professores em regime temporário. Segundo o sindicato, apenas 928 dos 1.179 professores são efetivos.
Segundo o comando unificado da greve na instituição, cerca de 80% dos servidores aderiram à greve. A direção do Pedro II não forneceu um balanço oficial da situação nas unidades, mas admitiu a greve.
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