Professores do COC/Anglo Campinas entram em greve por atraso salarial

Cerca de 80% dos professores da rede de ensino COC/Anglo Campinas de três unidades da cidade (a 94 km de São Paulo), de Indaiatuba, de Americana e de Vinhedo entraram no segundo dia de greve nesta terça-feira (11) depois de atrasos no pagamento salarial, segundo o Sinpro (Sindicato dos Professores de Campinas e Região).

A paralisação começou na segunda-feira (10) e prejudica mais de mil alunos do ensino fundamental e do ensino médio nas quatro cidades da região.

Na manhã desta terça, o Sinpro distribuiu um comunicado aos pais dos alunos explicando os motivos da greve e garantindo que os estudantes não serão prejudicados pela paralisação. De acordo com o diretor do sindicato, Cláudio Jorge, a qualidade de ensino será mantida com a reposição das aulas perdidas e o cronograma do semestre não será afetado.

"É importante dizer que os professores estão tomando uma posição depois de muito tempo. O atraso do salário de agosto foi a gota d`água. A escola vem atrasando os pagamentos desde meados do ano passado", conta Jorge.

O presidente do sindicato ressaltou que a ideia de paralisação surgiu em uma assembleia com os professores realizada em agosto após os atrasos constantes de salário e a demora de mais de um mês e meio no pagamento das férias que deveriam ser depositadas no final de junho.

A diretoria da rede informou à associação que o depósito deve cair até esta quarta-feira (12). Porém, Jorge explicou que existe a possibilidade de adiantarem o pagamento para que as aulas sejam normalizadas.

IMPACTO

Em nota, a assessoria de imprensa do COC/Anglo Campinas admitiu atraso no pagamento de agosto e confirmou a paralisação de 80% dos funcionários da rede - 180 profissionais, entre docentes e não docentes. Contudo, a rede acrescentou que apenas a unidade Cambuí, em Campinas, está totalmente parada. As outras funcionam parcial ou normalmente.

Ainda na nota, a escola “garante que todo conteúdo perdido será reposto provavelmente aos sábados e através dos plantões de dúvida”.