Livro mostra como o intercâmbio mudou a vida profissional de 17 brasileiros
Com a proposta de contar experiências de jovens profissionais que foram para o exterior, os expatriados Sidney Nakahodo e Maurício Moura decidiram organizar um livro.
“Fazendo as malas” (Editora Saraiva, São Paulo, R$ 49) reúne depoimentos de 17 brasileiros que, ao se decidirem estudar ou trabalhar fora do país, tiveram a oportunidade de mudar ou incrementar suas trajetórias profissionais.
“A ideia era ter como base as nossas próprias experiências como jovens profissionais que foram para o exterior, por motivos acadêmicos ou profissionais, e queriam, ao mesmo tempo, usar essa vivência para contribuir com o Brasil”, explica Sidney.
A goiana Roselene de Queiroz Chavez, engenharia agrônoma e pesquisadora da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), voltou ao Brasil depois de ter estudado na França e nos Estados Unidos trazendo na bagagem valiosa rede de colaboração para o desenvolvimento científico e tecnológico.
Após atuar na ONG (Organização não Governamental) Médicos Sem Fronteiras, Carla Kamitsuji retornou ao país para trabalhar com grupos marginalizados. Na sua experiência internacional, a primeira parada foi Uganda. Depois vieram o Curdistão, Cisjordânia e Tchetchênia. “’Ser uma cidadã sem fronteiras’ contribuiu muito para eu me tornar uma cidadã brasileira melhor.”
Parte dos entrevistados não retornou ao Brasil, mas ainda assim a colaboração para o Brasil tem se dado de forma “remota”. Caso de Paulo Blikstein, formado em engenharia e doutor em educação.
Blikstein integra um grupo de estudos do Centro Lemann, da Universidade Stanford, com foco no desenvolvimento de novas técnicas educacionais, principalmente voltado para o ensino público brasileiro e a população de estudantes carentes.
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