Topo

Em Curitiba, estudante vai fazer prova do Enem 2012 vestido de Super Mario "para descontrair"

Um rapaz foi fazer prova no segundo dia do Enem 2012 vestido de Super Mario em Curitiba - Heuler Andrey/UOL
Um rapaz foi fazer prova no segundo dia do Enem 2012 vestido de Super Mario em Curitiba Imagem: Heuler Andrey/UOL

Thea Tavares

Do UOL, em Curitiba

04/11/2012 14h33

Em meio ao corre-corre do fechamento dos portões na PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), a descontração ganhou destaque neste domingo (4). Um rapaz foi fazer a prova do segundo dia do Enem 2012 (Exame Nacional do Ensino Médio) vestido de Super Mario em Curitiba.

Era Eduardo Tomaz, 18, que quer conseguir uma bolsa do Prouni para estudar engenharia mecânica. Indagado sobre o porquê da fantasia ele respondeu: “Não sei. Talvez para descontrair porque estou muito nervoso”.

Uma das últimas candidatas a entrar no local foi a gestante Cláudia Pereira, 33. Cláudia teve o apoio de uma das funcionárias do concurso, que percebeu o nervosismo da estudante e tratou de acalmá-la para que pudesse chegar até o portão de entrada sem maiores consequências.  Os portões foram fechados tão logo a estudante, chorando muito e sem fôlego, entrou no prédio.

Atrasados

Pelo menos quatro pessoas perderam a prova por chegarem atrasadas à PUC-PR. Por ser um local de maior circulação de pessoas que outras instituições, os estacionamentos são grandes e as pessoas precisam vencer essa distância a pé para alcançarem os pavilhões e as salas de aula.

No bloco amarelo, o estudante Isaac Fritzen, 19, se atrasou por ter de cuidar da mãe adoentada. Emocionado, ele conta: “deixei o almoço pronto em casa e saí atrasado”. Isaac mora no bairro do Centenário e leva cerca de 30 minutos para chegar até a PUC, que fica no Prado Velho. Ele fez com tranquilidade as provas do primeiro dia e quer estudar medicina veterinária.

No Bloco Vermelho, onde funciona o setor das Ciências Jurídicas, a professora Cláudia Ortiz, 44, chegou com dois minutos de atraso. Ela é funcionária de um cursinho preparatório para o vestibular e concursos públicos e prestava o Enem para avaliação da prova. Disse que o fato de ter sido barrada irá prejudicá-la no serviço.

“O relógio de vocês está três minutos adiantado e vocês vão responder por isso”, reclamou ela com os seguranças. A professora reside no bairro do Capão da Imbuia e disse que enfrentou problemas de deslocamento com o trânsito na BR-116, que dá acesso ao campus.

Outros dois estudantes que perceberam que os portões de seus blocos estariam fechados, deram meia volta do estacionamento mesmo. É o caso de Alisson Otávio, 19, que prestava o Enem para conclusão do ensino médio. Ele veio de carro do bairro do Tingui, no lado Norte da cidade, mas disse que calculou mal o horário de saída de casa e por isso perdeu a hora.

Sem documentos

Uma estudante de 18 anos, que preferiu não se identificar, não teve acesso à sala em que fez a prova do primeiro dia por falta de documentação. A candidata conta que roubaram sua carteira com todos os documentos na noite de ontem e não teve tempo de registrar a ocorrência em delegacia de polícia.

Era seu primeiro Enem para conclusão do ensino médio. Chegou com antecedência no local, argumentou que havia feito a prova no dia anterior, mas foi impedida de prosseguir.