Topo

Escolas municipais de Santos (SP) terão câmeras de vigilância

Rafael Motta

Do UOL, em Santos (SP)

09/01/2013 10h52Atualizada em 09/01/2013 10h57

As 80 escolas municipais de Santos (a 72 km de São Paulo) terão câmeras de vigilância para monitorar o entorno. A prefeitura abrirá licitação para a compra de 500 equipamentos, cuja instalação deverá começar no segundo semestre deste ano. O custo estimado do projeto, a ser pago com dinheiro da Secretaria Municipal de Educação, não foi divulgado.

Os aparelhos ficarão do lado de fora dos colégios. “As câmeras não serão internas. O objetivo não é vigiar o aluno. Elas vão atender o perímetro das escolas para dar segurança tanto ao aluno quanto ao professor”, diz o secretário municipal de Segurança, Sérgio Del Bel Júnior, coronel reformado e ex-comandante regional da PM (Polícia Militar).

As câmeras serão ligadas à central de monitoramento existente no Paço Municipal, de onde guardas municipais já assistem às imagens geradas por 166 equipamentos mantidos na região central, na orla e em bairros intermediários. Essa central passará por reforma e receberá novos monitores de vídeo nos próximos três meses.

A instalação dos aparelhos seguirá critérios técnicos: começará nos locais onde a fibra óptica que liga as câmeras atuais à central esteja mais bem estruturada. A Secretaria de Segurança ajudará a de Educação indicando locais adequados para montar as câmeras.

Os aparelhos hoje existentes na cidade têm zoom com alcance de 800 metros e giro de 360 graus (na horizontal) e 180 graus (vertical). Os mais recentes, afixados em dezembro, custaram cerca de R$ 20 mil cada. Mas os modelos para as escolas devem ser mais simples: segundo Del Bel, as câmeras não terão zoom, vão se movimentar somente no sentido horizontal e funcionarão apenas quando houver alguém em seu raio de alcance, mediante detecção automática de presença.

Expectativas diferentes

A esperada utilidade das câmeras na vigilância das escolas municipais é vista de maneiras diferentes por quem trabalha em colégios e quem deixa seus filhos estudando neles.

A doméstica Norma Lúcia de Jesus Borges é mãe de uma estudante do segundo ano do ensino fundamental de uma escola situada na Ponta da Praia, bairro de classe média-alta da cidade. “Acho que vai ficar mais seguro para a população. Aumenta, até, a segurança dos próprios alunos, pois protege os mais novos de abusos de alguns malandrinhos mais velhos”, afirma.

Para a diretora de uma unidade situada em um bairro periférico de Santos, que preferiu o anonimato, a preocupação é tanto com a violência quanto com a preservação do patrimônio. “Em 2011, durante um feriado prolongado, levaram todos os equipamentos do laboratório de informática. Foram 18 torres e 36 monitores. Até hoje, não sabemos quem foi e estamos sem computador”.

Em dias úteis, o colégio tem vigilância de guardas municipais e, de vez em quando, de policiais militares que atuam na Ronda Escolar. Enquanto as câmeras não chegam, está sendo adquirido um sistema de alarmes.