Após curto-circuito em escola de SC, mais de mil alunos ficam sem aulas na 1ª semana
Renan Antunes de Oliveira
Do UOL, em Florianópolis
27/02/2013 18h01
Na Escola Estadual Getúlio Vargas, em Florianópolis, mais de mil alunos ficaram sem aulas nesta primeira semana do ano letivo 2013, por decisão dos professores após um curto-circuito.
A unidade, no bairro Saco dos Limões, precisa de reformas. Segundo a diretora Aneli Gregório, "nós recebemos promessas de melhoras em 2010, que seriam feitas em 2011", mas nada foi feito.
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Um curto-circuito numa sala de aula com o incêndio de um ventilador foi a gota d’água. Uma reunião entre pais e professores optou pelo cancelamento das aulas enquanto as reformas não acontecerem.
A SDR (Secretaria de Desenvolvimento Regional) informou que técnicos vão dar atendimento de emergência à escola nos próximos dias, sem precisar a data.
Esta não é a única escola estadual com problemas na rede da capital catarinense.
Obra parada
Desde 2010, em todo fim e em todo início de ano letivo centenas de moradores do Sul da Ilha de Florianópolis fazem protestos nas ruas do bairro, sem sucesso.
Eles querem a conclusão da Escola Jovem do Sul da Ilha, com capacidade para 2.000 alunos. A obra está quase pronta, mas foi paralisada em 2010.
A nova unidade deve receber os mil alunos da Escola Estadual de Ensino Médio João Batista Gonçalves, do bairro Rio Tavares, que hoje funciona precariamente - e não pode ser reformada porque será desativada após o término da construção da nova.
Segundo a SDR, que toca a obra, a construção não está parada, apenas andando devagar. Isto acontece porque a empreiteira contratada não quer prosseguir, pois teme não receber.
Hoje, o canteiro da nova escola está cercado, funcionários fazem apenas manutenção para evitar mais deterioração.
Depois do protesto anual de praxe, a SDR destinou uma verba de R$ 900 mil para retomada da obra nos próximos dias. O novo prazo de entrega passou a ser junho.
Rede federal
Em Itajaí, o problema acontece no IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina), projetado para 1.200 alunos, com instalações modernas. Segundo o diretor Widomar Carpes, uma ação judicial impede o uso do prédio novo.
A obra parou em 2010, com a estrutura e salas de aulas prontas. Hoje, atende apenas 300 alunos, em instalações improvisadas.
A disputa é com a construtora vencedora da licitação. Ela não cumpriu os prazos. O IFSC recorreu à Justiça para encerrar o contrato, em 2011. Piorou. A empresa não aceitou pagar multa de R$ 500 mil, se defende nos tribunais e quer retomar a obra.
O IFSC iniciou em 2008, estava orçado em R$ 5 milhões e tinha prazo de 540 dias. Uma enchente fez mudarem todos os prazos. Aditivos ao contrato previam a obra pronta no fim de 2010, quando parou de vez.