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Mestrado semipresencial ampliou minha área de atuação, diz professora

Cláudia Emi Izumi

Do UOL, em São Paulo

12/07/2013 06h00Atualizada em 15/07/2016 15h49

A professora Raquel Oliveira Bodart, 38, cursava mestrado acadêmico em engenharia elétrica na UFU (Universidade Federal de Uberlândia), em Minas Gerais, quando largou o curso para dar prioridade ao Profmat em 2011. “Era minha área de formação e o mestrado profissionalizante em matemática era tudo que eu desejava fazer", conta.

Trabalhando na rede pública de ensino desde os 18 anos e licenciada em 1996, ela faz parte das primeiras turmas de professores a se formar pelo Profmat, mestrado profissionalizante stricto sensu em matemática com aulas semipresenciais.

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O programa, além de ser gratuito, beneficia os professores da rede pública de ensino e tem abrangência nacional.

Durante um ano, Raquel cursou as disciplinas em aulas presenciais no polo de ensino da UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) em Uberaba e fez atividades a distância pelo sistema Moodle.

Além de um aumento salarial em torno de 30% após ter concluído o Profmat, Raquel cita como um dos grandes ganhos profissionais a mudança na metodologia de ensino e um forte desejo de fazer algo mais em prol da melhoria do ensino de matemática na educação básica.

“A abordagem da disciplina é diferente. Isso acontece porque agora tenho outra visão do conteúdo e de como ele pode ser passado aos estudantes.”

Uma das vantagens do Profmat é permitir ao discente manter as aulas que dão na rede pública enquanto está estudando. Somente no seu último ano é que a professora pediu licença de trabalho no IFTM (Instituto Federal do Triângulo Mineiro), onde dava aulas, para se dedicar à dissertação e à conclusão do mestrado.

Além disso, Raquel foi beneficiada com uma bolsa de estudo da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que inicialmente era de R$ 1.200 e, posteriormente, passou para R$ 1.350 – o valor atual é de R$ 1.500.

A ajuda de custo é oferecida principalmente tendo em vista os professores que moram em regiões distantes dos polos de ensino e têm gastos com o deslocamento. “A minha turma com 15 mestrandos, apenas três eram de Uberaba. Havia um colega que morava a 800 quilômetros de distância.”

Além de obter o título de mestre, surgiram outras oportunidades na carreira. Entre as novas atividades que tem conduzido, a professora cita o trabalho que está sendo feito a partir da criação de grupos de alunos que se preparam para a Obmep (Olimpíada Brasileira de Matemática do Ensino Público) no IFTM, campus Uberaba.

Raquel ainda está engajada em uma das iniciativas do projeto Klein, voltada ao ensino de matemática para estudantes que frequentam do 6° ao 9° ano do ensino público.

Ela diz que a iniciativa interessou o MEC (Ministério da Educação) e futuramente será digital, com a participação de outros professores que concluíram ou cursam o Profmat, juntamente com professores de universidades públicas.

“A ideia é que o professor do Profmat seja absorvido por outras atividades que ultrapassem o ensino”, conta ela, que também está à frente da organização do primeiro Simpósio Nacional da Formação do Professor de Matemática, que acontece em setembro, em Brasília. 

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