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Por assistência estudantil, alunos ocupam a reitoria da Unifal em MG

Divulgação/DCE Levantando a Base
Imagem: Divulgação/DCE Levantando a Base

Do UOL, em São Paulo

25/07/2013 15h42

Cerca de cem acadêmicos da Unifal (Universidade Federal de Alfenas) ocuparam a reitoria da instituição por volta das 18h de quarta-feira (24), no campus de Alfenas, em Minas Gerais. O grupo pede a revisão dos pedidos de assistência estudantil que foram indeferidos pela universidade.

Alguns estudantes postaram em redes sociais imagens do sistema com a negativa de benefícios. Na justificativa oficial, consta que “embora o aluno possua perfil para participar dos programas sociais da universidade”, a solicitação foi indeferida “por motivo de restrição orçamentária”.

O DCE (Diretório Central Estudantil) pede que a universidade forneça o número de quantos alunos se enquadram nas exigências dos programas de assistência estudantes, mas não vão receber os benefícios por falta de recursos.

  • Estudante teve o pedido de assistência indeferido pela Unifal, apesar de se enquadrar nos requisitos do programa

A Unifal informou que cerca de 1.400 alunos se inscreveram nos dois editais de 2013 dos programas assistenciais e que 919 vão receber algum tipo de benefício. “O orçamento realmente é limitado, de cerca de R$ 3,8 milhões, e não conseguimos atender a todos os estudantes. Por isso, a universidade já pediu uma complementação dessa verba ao Ministério da Educação e aguarda uma reposta oficial”, disse Tomas Dias Sant’Ana, pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Desenvolvimento Institucional. 

Existem na universidade oito tipos de benefícios, os mais demandados são auxílio-moradia, auxílio permanência e alimentação. Diante do orçamento previsto, o pró-reitor explica que a Unifal adotou uma escala de zero a 15, para classificar os acadêmicos conforme a vulnerabilidade social. “Os alunos de zero a quatro foram atendidos com três auxílios - moradia, permanência e alimentação -, o que soma entre R$ 750 e R$ 800 por mês. Os que foram classificados entre cinco e nove, recebem permanência e alimentação, entre R$ 450 e R$ 500. Já os estudantes de 10 a 15 foram atendidos apenas com alimentação”, afirma.

Os alunos pedem que a universidade reveja os pedidos que foram indeferidos e atenda a todos os que se encaixam nos programas de assistência. A reitoria afirma que está disposta a negociar a classificação e a distribuição da verba dos benefícios, mas que não pode usar dinheiro de outras áreas da universidade.

Uma reunião entre representantes da reitoria e dos alunos está marcada para a tarde desta quinta (25).