Funcionários da UFSCar fazem paralisação por reajuste salarial
Cerca de 440 funcionários técnico-administrativos da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) pararam as atividades na manhã desta segunda-feira (26) nos três campi das instituição - São Carlos, Araras e Sorocaba. O total corresponde a quase 50% dos 885 servidores da universidade. O movimento deve se estender até sexta-feira e já afeta serviços como o restaurante universitário, bibliotecas e torinas administrativas da instituição. As aulas e demais atividades letivas, por enquanto, não foram prejudicadas hoje.
A informação sobre o total de servidores paralisados é do Sintufscar (Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos da UFSCar). Segundo o sindicato, a biblioteca da unidade de São Carlos, bem como o restaurante universitário, não funcionam hoje. Nos demais campi, os serviços funcionaram parcialmente. A UFSCar confirmou a paralisação e os serviços afetados, mas informou que não fez a contabilização o total de paralisados.
Os servidores pedem reposição da inflação dos últimos dois anos – a categoria não tem reajuste desde 2010. Em 2013, o governo federal prometeu 5% de aumento, índice considerado insatisfatório pelos funcionários.
Segundo Sérgio Ricardo Pinheiro Nunes, presidente do Sintufscar, a decisão acompanha a Semana Nacional de Paralisações, promovida pela Federação dos Servidores Técnicos-Administrativos das Entidades de Ensino Superior do Brasil. “Na terça-feira realizaremos uma assembleia e uma mobilização para chamar os demais servidores para o movimento. Esperamos, na sexta-feira, chegar a 90% de adesão”, contou.
O sindicalista ressaltou ainda que, além da questão salarial, o movimento também tem como objetivo pressionar o governo para que exista a aplicação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação, investimento em capacitação dos servidores, contratação de novos funcionários e melhoria da infraestrutura da universidade.
“A UFSCar tem uma média de 0,7 servidor técnico-administrativo para cada docente. O ideal seria termos pelo menos dois para cada professor. Há secretarias sendo tocadas por estagiários”, disse.
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