Sem faxineiros, alunos e professores da UFSC limpam salas em Blumenau
Sem faxineiros contratados, alunos e professores da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) fizeram um mutirão para limpar as salas de aula na semana passada em Blumenau (187 km de Florianópolis). O novo campus da universidade recebeu seus primeiros calouros este ano, mas ainda não tem prédios próprios. Os alunos estão tendo aulas provisoriamente no IFC (Instituto Federal Catarinense).
Em 2011, a presidente Dilma Rousseff assinou a abertura de um novo campus da instituição em Blumenau. Em 2013, o IFC aceitou ceder salas de aula para antecipar o início do ingresso nos novos cursos da UFSC. Para o primeiro semestre, foram abertas 500 vagas para os cursos de engenharia de materiais, engenharia têxtil, engenharia de controle e automação e as licenciaturas de matemática e química.
No entanto, os primeiros calouros reclamam do improviso e da falta de infraestrutura dos cursos. Em uma postagem no Facebook, a estudante do curso de engenharia de materiais Aléxia Guimarães denunciou problemas como a falta de espaço, de professores, de restaurante e até de faxineiros.
Os estudantes da UFSC têm aulas no segundo andar de um dos prédios do IFC e compartilham áreas de vivência. No entanto, a UFSC ainda não contratou funcionários de limpeza e os faxineiros do IFC não estão limpando a área utilizada pelos alunos da universidade. "As salas estava muito sujas, então marcamos um mutirão para fazer a limpeza", conta Danton Heuer, 18, aluno de engenharia têxtil.
Localização
O transporte é outra barreira que têm de enfrentar os alunos da universidade federal. Afastado do centro da cidade, há poucas linhas de ônibus que atendem o campus.
"Alguns professores terminam as aulas antes porque sabem que, se os alunos não pegarem o ônibus que passa naquele horário, terão de esperar uma hora para o próximo", conta Heuer, que leva uma hora e meia para chegar em casa em uma viagem que passa por três linhas de ônibus diferentes.
A greve dos técnicos-administrativos da UFSC em Florianópolis também afeta o cotidiano dos estudantes em Blumenau. Por conta da greve, alguns professores selecionados por concurso público não conseguem tomar posse de seus cargos. No curso de engenharia têxtil, os alunos estão com duas disciplinas sem docentes. Os calouros de engenharia de materiais também têm duas aulas vagas em sua grade horária.
Problemas estão sendo resolvidos
A administração da UFSC afirma que os problemas são pontuais e devem ser resolvidos em breve. Em relação à falta de faxineiros e de professores, o pró-reitor adjunto de graduação da UFSC, Rogério Souza, afirma que a greve de servidores atrasou licitações e processos administrativos. "A administração central está trabalhando para que todo o processo possa ser concluído com a maior brevidade possível".
O professor afirma ainda que as aulas laboratoriais devem começar apenas no segundo semestre de 2014 e isso já fazia parte do planejamento da faculdade. "Alguns laboratórios já foram montados no próprio IFC e no IFSC-Gaspar."
Em relação ao transporte público, o pró-reitor da UFSC afirma que a instituição já procurou a prefeitura do município para pedir novas linhas de ônibus para atender o campus.
Rogério Souza garantiu também que a partir de maio os alunos do campus Blumenau terão suas refeições garantidas no valor de R$ 1,50 e estão buscando restaurantes da região para isso.
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