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Papel e caneta são melhores para memória do que computador, diz pesquisa

Caneta e papel são mais eficientes que computador para memorizar conteúdo - Ayrton Vignola/Folhapess
Caneta e papel são mais eficientes que computador para memorizar conteúdo Imagem: Ayrton Vignola/Folhapess

Do UOL, em São Paulo

02/05/2014 13h57

Um estudo publicado recentemente na revista científica "Psychological Science" indica que fazer anotações no papel é melhor para o estudo do que fazê-las em computadores.

De acordo com a pesquisa, os participantes que fizeram notas em papel sobre algumas palestras tiveram melhor desempenho nos testes realizados posteriormente do que os que usaram o notebook, mesmo com ele desconectado da internet.

O levantamento foi feito com estudantes das universidades norte-americanas de Princeton e UCLA (Universidade da Califórnia).

Em um dos testes realizados, os pesquisadores exibiram uma palestra online a 65 alunos. Alguns deles puderam utilizar o notebook -- desconectado da internet -- para fazer suas anotações, enquanto outra parte utilizou caneta e papel. Todos foram orientados a usar as estratégias que normalmente usam para fazer suas notas.

Depois de 30 minutos, os participantes responderam a um teste com questões sobre os assuntos abordados na palestra.

Os que usaram canetas registraram de 100 a 150 palavras a menos dos que os que digitaram suas anotações. No entanto, o grupo que usou o notebook teve uma compreensão mais rasa dos conteúdos apresentados, principalmente porque muitos acabaram transcrevendo o que ouviram em vez de refletir sobre o assunto e destacar apenas os pontos importantes.

Diante desse resultado, o estudo alerta que transcrever algo literalmente ao invés de processar as informações e reformular o conteúdo com as próprias palavras é prejudicial para a aprendizagem. Além da eficiência de usar o papel, os pesquisadores identificaram que revisar os conteúdos antes de um teste também é benéfico para o aprendizado.

O levantamento foi realizado por Daniel Oppenheimer, da Universidade da Califórnia, e Pam Mueller, da Universidade de Princeton. 

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