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Federal de Juiz de Fora suspende aulas por causa de greve e falta de verba

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

29/07/2015 11h33

O início das aulas do segundo período letivo na UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) foi suspenso por tempo indeterminado após decisão do Conselho Superior (Consu), órgão da própria universidade. O segundo semestre letivo começaria na próxima segunda feira (3).

Em nota, a universidade informou que a suspensão atinge todas as atividades acadêmicas da graduação (presencial e a distância) nos campi de Juiz de Fora (a 278 km de Belo Horizonte) e Governador Valadares (a 311 km da capital mineira).

Sem funcionários e sem dinheiro

O adiamento das aulas se deu por “incertezas quanto à realidade financeira e orçamentaria da UFJF neste ano” e pela greve dos servidores técnico-administrativo da instituição de ensino que, segundo a reitoria, impossibilita a "efetivação da matrícula dos estudantes aprovados para ingressarem na instituição neste semestre". Os servidores estão em greve desde o dia 28 de maio deste ano.

No entanto, foram mantidas as atividades dos cursos de pós-graduação e as do Colégio de Aplicação João 23.

Em razão da greve, a reitoria alegou que as matrículas dos recém-aprovados não poderiam ser realizadas -- os calouros deveriam se apresentar pessoalmente para efetivar a matrícula.

A paralisação dos servidores também afeta as atividades acadêmicas, “impedindo o funcionamento adequado das unidades”, afirma a reitoria em nota.

O início das aulas está condicionado a uma alteração do quadro atual, segundo a UFJF. A decisão, ainda segundo a universidade, será informada aos estudantes por e-mail e por meio de comunicados oficiais no portal mantido pela instituição.

Reitoria ocupada

Em maio deste ano, a reitoria da universidade, na unidade de Juiz de Fora, foi ocupada por alunos que reivindicavam a retomada do repasse da verba das bolsas do Apoio Estudantil. Eles também pediam a criação de mais moradias estudantis.

Os alunos ficaram no local por dezessete dias e somente liberaram o recinto após a assinatura de uma carta de compromissos feita pelo reitor da universidade contendo demandas dos alunos que deveriam ser atendidas pela direção da instituição de ensino.