Polícia indicia acusado de morte de aluno em festa universitária
A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou, nesta sexta-feira (21), por homicídio duplamente qualificado, um homem acusado de ter atirado contra um estudante universitário durante calourada da PUC realizada em Belo Horizonte.
Conforme a investigação, o estudante de direito Daniel Adolpho de Melo Viana, 22, foi morto após ter dado um esbarrão acidental em Pedro Henrique Costa Lourenço, 29. Neste momento, ainda segundo a polícia, Lourenço se irritou e sacou uma arma de fogo, efetuando um disparo contra o rosto da vítima. O crime ocorreu no dia 8 deste mês em um bar localizado no entorno da Pontifícia Universidade Católica, no bairro Coração Eucarístico, região noroeste da capital mineira.
O acusado também foi indiciado por tentativa de homicídio porque teria tentado atirar em outros frequentadores do estabelecimento comercial, amigos da vítima, que o contiveram até a chegada da polícia. No dia da morte do universitário, o suspeito foi preso em flagrante e levado a uma central de flagrantes da Polícia Civil situada na capital mineira. A arma do crime não foi localizada.
Lourenço está preso desde então no presídio Inspetor José Martinho Drumond, na cidade de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. No dia 12 deste mês, durante uma oitiva realizada no DHPP Departamento de Investigação de Homicídio e Proteção à Vida), a polícia informou que o suspeito preferiu se manter em silêncio, alegando que só falaria em juízo. O UOL está tentando contato com advogados de defesa do acusado.
Calourada
Em nota, a assessoria da PUC informou que a calourada não era promovida pela instituição de ensino. A nota informa que o local onde estava sendo feito o evento “é sabidamente frequentado por um grande número de pessoas, entre alunos da PUC Minas, provocando, muitas vezes, transtornos para o trânsito e riscos para a segurança de toda a comunidade”.
O informe ainda traz que a universidade, em conjunto com os moradores da região e com a Polícia Militar, “tem mantido um permanente diálogo sobre o problema”. O documento revelou que por meio dos professores, gestores acadêmicos e funcionários “procura desestimular a ida de seus alunos àquele local”. A entidade informou que a vítima não era aluna da PUC.
O local onde ocorreu o crime, conhecido como “Shopping Rosa”, chegou a ser interditado pela Prefeitura de Belo Horizonte.
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, um Termo de Ajustamento de Conduta foi assinado, no dia 19 deste mês, com os proprietários de bares localizados neste shopping. Pelo termo, os estabelecimentos deverão funcionar apenas como restaurantes, encerrando suas atividades às 17h.
Mesas e cadeiras, mediante autorização prévia da prefeitura, só poderão ser utilizadas das 11h às 15h.
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