Em Campinas, alunos da E.E Carlos Gomes fazem protesto contra reorganização
Cerca de 400 alunos da Escola Estadual Carlos Gomes, no Centro de Campinas, fizeram um ato pelas ruas da cidade, nesta sexta-feira (13), em protesto contra o encerramento das aulas no período noturno no ano que vem.
A decisão foi tomada pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e faz parte do pacote de reorganização escolar que prevê o fechamento de 93 escolas - eram 94, mas uma delas teve a decisão revertida. Haverá mudanças nos ciclos de outras 754. No total, 16 escolas estaduais de Campinas sofrerão alteração no ano que vem.
"O Carlos Gomes é uma escola central e que é uma alternativa para os alunos que trabalham no Centro e querem estudar durante a noite", afirmou o professor Chico Nery que também é representante da Apeoesp.
Informações iniciais davam conta de que os alunos teriam ocupado a escola. No entanto, os estudantes apenas se recusaram a deixar o prédio durante a manhã quando já planejavam o protesto.
O ato começou às 11h na frente da escola, que fica ao lado da Prefeitura de Campinas, e percorreu as principais avenidas do Centro da cidade. Os estudantes contaram com o apoio de alunos da Escola Estadual Francisco Glicério, também no Centro, e que terá as salas de Ensino Médio fechadas no ano que vem.
Os estudantes planejam novos protestos na semana que vem. No entanto, segundo Nery, nada ainda foi definido pois os alunos têm medo de algum tipo de represália por parte da direção da escola. A ocupação da escola também não está descartada.
Segundo Nery, a organização do ato partiu dos próprios alunos e recebem forte influência das ocupações na Grande São Paulo.
"As ocupações de São Paulo estão contaminando Campinas e outras cidades do interior e na semana que vem veremos ainda mais protestos", afirmou o professor.
A Escola Estadual Carlos Gomes é uma instituições de ensino mais tradicionais de Campinas. O colégio foi fundado em 1902 com o nome de Escola Complementar de Campinas. O atual prédio onde fica a escola foi projetado pelo arquiteto César Marchisio, inaugurado em 1924 e tombado em 1982.
O número de manifestantes é dos organizadores; a PM não confirma.
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