Sindicato diz que prefeitura de BH demitiu 600 vigias de escolas
Rayder Bragon
Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte
25/05/2016 19h35
A Prefeitura de Belo Horizonte está sendo acusada de promover demissão em massa de vigias noturnos terceirizados que trabalham em escolas da rede pública da capital mineira.
Conforme p SindRede-BH (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública de Belo Horizonte), ao menos 600 profissionais estão de aviso prévio desde o dia 19 deste mês.
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A administração municipal não desmente, nem confirma a informação.
O sindicato informou que entrou com pedido no Ministério Público do Trabalho para que o caso seja investigado.
Nesta quarta-feira (25), houve uma manifestação contrária à demissão dos agentes. Conforme o sindicato, aproximadamente 400 pessoas percorreram ruas do centro da cidade. O ato foi encerrado na porta da prefeitura, que fica localizada na Avenida Afonso Pena, na região central da capital mineira.
A intenção era a de serem recebidos por representantes da prefeitura. No entanto, segundo Wanderson Rocha, dirigente do sindicato, ninguém da prefeitura os recebeu.
Crise econômica
Em nota, a prefeitura informou que, “diante da crise econômica que atinge o país”, vem tomando medidas, desde 2014, para tentar equilibrar o orçamento.
Entre as medidas tomadas, a administração municipal informou ter reduzido o número de veículos, serviços terceirizados e aluguéis, a quantidade de estagiários, e “o congelamento de salários do prefeito, vice-prefeito e secretários”.
A nota ainda traz que a arrecadação da prefeitura está evoluindo em patamares abaixo da inflação, ao passo que, “está havendo aumento de custeio em virtude da ampliação da prestação de serviços, com novas escolas e outros equipamentos públicos”.
A prefeitura finaliza dizendo que as medidas adotadas são para “garantir a saúde fiscal do município sem comprometer os serviços essenciais para a população e o salário dos servidores”.