PM retira jovens que ocupavam Fábrica de Cultura na zona norte de SP
Do UOL, em São Paulo
02/07/2016 11h26Atualizada em 02/07/2016 15h37
A Polícia Militar de São Paulo retirou na manhã deste sábado (2) um grupo de jovens que ocupava desde ontem a Fábrica de Cultura da Brasilândia, na zona norte da capital paulista. De acordo com o movimento de ocupação, mais de 20 aprendizes foram levados ao 72º Distrito Policial (Vila Penteado). A Secretaria da Segurança Pública informou que os policiais militares encaminharam "aproximadamente 20 pessoas" à delegacia.
As Fábricas de Cultura são espaços para atividades artísticas promovidas pelo governo do Estado de São Paulo, comandado pelo tucano Geraldo Alckmin.
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Os aprendizes aguardam o registro do boletim de ocorrência e ainda não são considerados detidos. O movimento alega que a Polícia Militar não tinha mandado judicial para realizar a desocupação. A corporação diz, porém, que tinha ordem para fazer a ação. De acordo com a Secretaria da Segurança, a PM agiu a pedido da Secretaria da Cultura.
Em nota, a Secretaria da Cultura do Estado informou que a desocupação foi feita por via administrativa, de acordo com o parecer da Procuradoria-Geral do Estado.
Os aprendizes ocuparam a Fábrica em protesto contra demissões de educadores pela organização social Poiesis, responsável pela administração da unidade. Os educadores entraram em greve em 23 de junho.
"A decisão foi tomada a partir da necessidade de garantir o funcionamento da unidade e o acesso do público aos serviços oferecidos pela Fábrica. A Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, através da Organização Social Poiesis, continua aberta para diálogo de modo a promover a melhoria contínua nos serviços das Fábricas de Cultura", disse a secretaria da Cultura por meio de nota.
A unidade da Brasilândia do programa foi a segunda a ser ocupada pelo movimento. A do Capão Redondo, na zona sul, permanece sob ocupação dos aprendizes.