Um ano depois da 1ª ocupação, escola é novamente tomada por alunos em SP
Alunos do Colégio Estadual de Diadema, na Grande São Paulo, ocuparam o prédio da unidade escolar na noite desta quarta-feira (9). O ato acontece exatamente um ano após a escola ser ocupada pelos estudantes contra a reorganização do ensino proposta pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) --foi a primeira de uma série de outras escolas que seriam ocupadas até o final do ano.
Desta vez, os alunos protestam contra a PEC 55 (na Câmara, Proposta de Emenda à Constituição 241), que fixa os gastos da União pelos próximos 20 anos, e contra a MP (Medida Provisória) 746, que prevê a reforma do ensino médio. Desde o mês passado, mais de mil escolas e universidades foram ocupadas em todo o Brasil, a maioria delas, no Paraná, contra as duas medidas do governo federal.
Uma das líderes da ocupação em Diadema tanto ano passado quanto agora, a estudante Rafaela Boani, 17, do 3º ano do ensino médio, afirmou que a ocupação foi decidida na noite dessa quarta em assembleia dos estudantes. “A escola está ocupada, estamos dentro do prédio. Fizemos uma assembleia com todos os estudantes e apenas quatro foram contra a ocupação”, disse.
A reportagem apurou que policiais militares chegaram ao local à 0h40 --mas sem informações sobre desocupação-- e que funcionários do conselho tutelar estavam a caminho da escola.
Ano passado, no auge das ocupações, pelo menos 200 escolas estaduais foram ocupadas no Estado contra a reorganização do ensino, que acabou suspensa pelo governo. No último fim de semana, São Paulo foi um dos Estados que não chegaram ser afetados pelo adiamento de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) por conta das ocupações, concentradas, principalmente, em Minas e no Paraná. Em todo o país, mais de 271 mil alunos terão de fazer o exame nos dias 3 e 4 de dezembro por decisão do MEC (Ministério da Educação).
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