Candidatos acharam tema da redação do 2º Enem mais fácil que o do primeiro
Candidatos que fizeram as provas do segundo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2016, neste domingo (4), último dia do exame, afirmaram ter preferido o tema da redação de hoje do que o pedido na edição anterior, realizada em novembro passado.
Foi o caso de Gustavo Soares, 22, que achou fácil falar sobre a proposta “Caminhos para combater o racismo no Brasil” por já ter sido vítima de injúria racial em mais de uma oportunidade. No exame de novembro, o tema foi “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”.
“O tema foi mais fácil em relação ao outro. É um assunto bastante abordado e pude falar algumas coisas que já aconteceram comigo e com amigos meus”, relatou o jovem, que disse tentar o Enem pela terceira vez e quer seguir carreira como advogado.
“Já sofri racismo em lojas e supermercados. Os seguranças me acompanhando e suspeitando de mim”, relatou Soares, que fez as provas na PUC-MG (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais), no Bairro Coração Eucarístico, região noroeste de Belo Horizonte.
Para Ana Carolina Vilanova, 24, que fez as provas para testar os seus conhecimentos, o tema racismo é mais presente no dia a dia e por isso foi mais fácil construir o texto da redação.
Nessa mesma linha, Gabriel Marcos Oliveira, 18, que disse ter tentado o Enem pela segunda vez, concorda que as pessoas discutem mais o tema do racismo. “Achei mais fácil até porque a gente discute mais”, avaliou o candidato a uma vaga no curso de administração.
“Achei fantástica a escolha do assunto porque ele foi muito discutido na minha escola. Fizemos várias redações sobre isso”, relembrou Bruna Mesquita, 17, que fez as provas na condição de treineira.
Em Curitiba, Gabriel Gandin dos Santos, 16, também considerou mais fácil. “Se fala mais nisso do que em intolerância religiosa’, justificou o candidato, que fez o Enem na Faculdade Machado de Assis, no Santa Cândida, região norte de Curitiba.
“Preconceito racial é algo que sempre vemos. Já religioso é algo que não tem muito’, afirmou Fernanda Kaminski, 19.
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