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Unicamp aprova oferta de vagas pelo Enem a partir de 2019 e define porção de cotas

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Imagem: Arquivo

Ana Carla Bermúdez e Leonardo Martins

Do UOL, em São Paulo

21/11/2017 18h21Atualizada em 21/11/2017 19h24

O Consu (Conselho Universitário da Unicamp) aprovou nesta terça-feira (21) a oferta de vagas do vestibular pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) a partir de 2019. O Conselho também definiu as proporções de cotas sociais e raciais, propostas em maio deste ano e confirmadas em agosto.

As vagas via Enem serão ofertadas por um edital específico gerenciado pela Unicamp, e não pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que seleciona as vagas para o Enem. Ao todo, 20% das vagas serão reservadas para o exame, o que equivale a 668 oportunidades para os vestibulandos.

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Segundo o professor José Alves, coordenador da Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp), as vagas serão retiradas do próprio concurso vestibular. Ele informou ainda que as demais regras do processo de seleção pelo Enem, como a nota mínima de corte e os pesos, serão discutidas e decididas até abril do ano que vem.

O que foi determinado, ainda segundo o docente, é que o vestibular também contará com cotas sociais e raciais. Ao todo, 20% das vagas serão compostos por três subdivisões: 10% para alunos oriundos de escola pública, 5% para alunos oriundos de escola pública e que se enquadram no sistema PPI (Pretos, Pardos e Indígenas) e 5% para alunos oriundos de escola particular e que se enquadram no sistema PPI.

Vestibular indígena e olimpíadas científicas

O Consu também decidiu que, a partir de 2021, a universidade contará com um processo seletivo exclusivo para indígenas (com a oferta de 2 vagas para disputa) e que será criado um edital para fornecer vagas a competidores de olimpíadas científicas.

Para os competidores, a Unicamp reservará 10% das vagas por curso para os que venceram competições científicas de abrangência nacional. "A intenção é atrair estudantes com alta performance em áreas específicas", ressalta o coordenador do Consu.

Sobre o vestibular indígena, José Alves explica: "Segundo a Constituição, o povo indígena tem direito ao acesso à educação específica e, ao contrário da população negra, existem escolas com ensino específico indígena. Então, trata-se de um vestibular com os mesmos temas, mas feito para uma competição interna, onde todos que disputarem serão indígenas".