MEC divulga regras para novo Revalida; prova pode ser feita digitalmente
Dois dias após a Câmara dos Deputados aprovar o Revalida, programa de revalidação de diplomas de médicos formados no exterior, o Ministério da Educação (MEC) hoje, em entrevista coletiva em Brasília, algumas das novidades sobre a prova, que não é aplicada no Brasil desde 2017.
Segundo o MEC, o Revalida terá duas aplicações ao ano. A prova poderá ser realizada digitalmente, após parceria do órgão com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a Universidade Federal do Ceará e também a National Board Medical Examiners.
Ao menos 15 mil pessoas que se formaram fora do país tentam revalidar os diplomas. A prova foi reformulada e será realizada novamente após a aprovação do programa Médicos pelo Brasil, que substituirá o Mais Médicos.
O que muda
O exame será dividido em duas etapas: a primeira será teórica e a segunda avalia as habilidades clínicas. A primeira etapa é eliminatória para a segunda. Caso o candidato não seja aprovado na última, ele não precisará realizar a primeira novamente.
O programa poderá ser aplicado por universidades públicas e também privadas. No caso das instituições de ensino particular, é preciso que estas tenham sido avaliadas no Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) com nível 4 ou 5. O programa será acompanhado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Outra novidade é que o exame será custeado pelos alunos, que terão de arcar com os custos da taxa de matrícula. A primeira prova custa o equivalente a 10% do valor mensal da bolsa de um médico-residente (R$ 330) e a segunda será o valor total (R$ 3.300).
Médicos pelo Brasil
Já o Médicos pelo Brasil foi aprovado a toque de caixa pelo Senado na tarde de ontem. A aprovação do texto-base se deu em pleito simbólico e com anuência da oposição. Se a matéria não tivesse sido incluída na pauta e votada pelos senadores, ela perderia a validade hoje.
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