Topo

Esse conteúdo é antigo

Universidades públicas voltam às aulas com ensino remoto, diz associação

Biblioteca da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), no interior de São Paulo - Reprodução/Facebook
Biblioteca da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), no interior de São Paulo Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo*

11/02/2021 12h20Atualizada em 11/02/2021 14h27

O começo do ano letivo de 2021 nas universidades públicas do Brasil deve ocorrer com aulas remotas, segundo informações da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) confirmadas ao UOL. As exceções do ensino remoto serão para os anos finais de cursos que exigem aulas práticas e estágios, como as licenciaturas e áreas da saúde.

De acordo com o secretário executivo da Andifes, Gustavo Balduíno, a associação está fazendo um levantamento sobre os calendários de aulas para saber quando iniciam e finalizam os semestres. A partir desses dados, Balduino afirma que até o momento, nenhuma universidade programou o retorno presencial.

"A maioria das universidades tem planos. Esses planos condicionam o retorno presencial às condições epidemiológicas", esclareceu o secretário em nota emitida pela assessoria da Andifes.

Desde o fim de janeiro a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) suspendeu as atividades presenciais em função da "piora da pandemia". Segundo o reitor, Marcelo Knobel, "tudo o que puder será feito de maneira remota no primeiro semestre", mesmo com alguns avanços no quadro geral. "Temos estudantes de várias regiões do País. Como trazer uma pessoa para cá e depois, na semana seguinte, a situação muda?" Ele destaca que os estudantes de graduação, diferentemente dos alunos da educação básica, têm mais autonomia para estudar em casa. Na Unesp, que deve começar a maior parte das atividades de graduação para os calouros só em abril, a previsão é manter o ensino remoto.

Universidades particulares

Diferentes do que acontece nas universidades públicas, as instituições de ensino superior particulares têm mais autonomia para definir o calendário e a maneira com que as aulas irão retomar. Segundo informações da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), algumas instituições estão definindo a retomada das atividades de forma remota para o primeiro semestre, como no Distrito Federal, mas que outras instituições espalhadas pelo país podem adotar aulas presenciais.

Em São Paulo, a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) também diz "acompanhar a evolução da cobertura vacinal" e informou que só pretende permitir atividades em formato híbrido em março. Na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), que recomeça dia 1.º, o retorno também deve ser online.

O presidente diretor presidente da ABMES, Celso Niskier, explicou que as universidades vão seguir as orientações de uma portaria do MEC que define o retorno das aulas a partir de 1º de março, independente do formato.

"As instituições de educação superior de todo o Brasil já estão se preparando para esta volta. Algumas voltarão com aulas remotas por mais um tempo devido às condições sanitárias locais que impedem a volta presencial. Outras já estão voltando com as atividades práticas, principalmente aqueles que oferecem cursos nas áreas de saúde e engenharia."

Protocolo de biossegurança para o retorno das aulas

Em julho de 2020, o Ministério da Educação (MEC) lançou o Protocolo de Biossegurança, manual que contém diretrizes para o retorno das atividades nas instituições federais de ensino. O documento foi oficializado por meio de uma portaria publicada no Diário Oficial da União.

O documento segue diretrizes do Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), e aponta para medidas coletivas e individuais que possam amenizar os riscos de contaminação pela covid-19 durante a volta às aulas.

Na altura do lançamento do protocolo, o então secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Ariosto Antunes Culau, lembrou que cada instituto e campus têm autonomia para definir o retorno às aulas presenciais, obedecendo ao que for estabelecido pelas autoridades locais.

Com informações da Agência Estadão*