MPF pede que faculdade de RO antecipe formatura de estudantes de medicina
O MPF (Ministério Público Federal) recomendou que a Fimca (Faculdades Integradas Aparício Carvalho), de Rondônia, antecipe a diplomação de estudantes de medicina que já tenham cumprido 75% do internato (estágio) curricular obrigatório.
Segundo o MPF, alguns estudantes de medicina pediram a antecipação da colação de grau, permitida pelo Ministério da Educação desde abril de 2020 para municiar a linha de frente contra a covid-19 com mais profissionais, mas a faculdade se negou a emitir o diploma.
A recomendação foi enviada para a Fimca na última segunda-feira (8), com prazo de 48 horas para a faculdade se manifestar sobre. O MPF informou que a Fimca não respondeu a recomendação e o prazo expirou na última quinta-feira (11). O UOL entrou em contato com a faculdade rondoniense e aguarda retorno.
No pedido, o MPF citou "o colapso no sistema estadual e municipal de saúde" de Rondônia, com o estado possuindo, no dia 7 de março, 20 leitos de UTI "montados e inativos em dois hospitais de referência [...] dependendo exclusivamente de médicos para funcionamento".
A recomendação do órgão também considerou a taxa de ocupação de leitos públicos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes com o novo coronavírus em Rondônia, que, segundo dados atualizados ontem pelo governo estadual, já está em 97%.
RO também está na iminência de um colapso no estoque de oxigênio local. Na última sexta-feira (12), a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pediu providências ao Ministério da Saúde.
Segundo dados coletados ontem pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, Rondônia apresenta evolução acelerada na média móvel de mortes por covid-19: alta de 93%.
Ainda de acordo com dados atualizados ontem pelo consórcio de veículos de imprensa, 55,3 mil rondonienses já receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19 — e destes, 17,2 mil receberam a segunda dose (menos de 1% da população de RO).
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