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BH terá retorno do Ensino Fundamental dia 21 de junho, anuncia Kalil

Alunos de 6 a 12 anos poderão voltar às escolas em "microbolhas", duas vezes por semana - iStock
Alunos de 6 a 12 anos poderão voltar às escolas em 'microbolhas', duas vezes por semana Imagem: iStock

Colaboração para o UOL

09/06/2021 17h47

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou a reabertura de escolas do ensino fundamental para o próximo dia 21 de junho. De acordo com o plano, serão beneficiadas crianças de 6 a 12 anos, das redes pública e particular, voltarão às salas de aula após a vacinação dos professores.

"As infantis já estão abertas. E as fundamentais, como nós vamos vacinar os professores, há um tempo para a vacina fazer um determinado efeito, e a partir do dia 21 elas retornam a volta presencial dentro dos protocolos", informou Kalil.

O secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, explicou que os estudantes voltarão ao ambiente escolar em "microbolhas" de no máximo seis alunos. Cada turma terá aulas presenciais duas vezes por semana e devem permanecer por até três horas na escola. A prefeitura lembrou, também, que a decisão de retorno ou não ao ensino presencial é das famílias.

Segundo Jackson, a decisão é segura porque considera o fato de que os professores de Belo Horizonte foram imunizados com doses da vacina AstraZeneca. Conforme o secretário, com isso, na data prevista para retorno "todos os professores estarão com proteção de pelo menos 74%".

"Ou seja, terão uma chance muito menor de adoecer e, caso adoeçam, terão uma chance muito menor de demandar serviços mais sofisticados de atenção médica. Isso nos dá segurança para voltar, pelo menos parcialmente, com essas crianças para as escolas", disse.

Na capital mineira, os primeiros a retornarem às escolas foram os alunos da educação infantil, que tiveram as atividades retomadas no dia 26 de abril, nas escolas particulares, e 3 de maio, nas unidades municipais. Não há, no entanto, previsão de volta para os estudantes a partir de 13 anos.

Horário ampliado para bares e restaurantes

O prefeito de BH anunciou, também, uma flexibilização no horário de funcionamento de bares e restaurantes. Esses estabelecimentos que vão poder abrir de 11h às 22h. Até então, eles deviam fechar às 19h.

Com o novo decreto, o setor poderá funcionar, inclusive, aos domingos - dia no qual estabelecimentos deste tipo estavam proibidos de abrir. A música ao vivo, por outro lado, segue proibida. Segundo o prefeito, a flexibilização foi possível por conta da melhora dos indicadores de contaminação, internações e da vacinação em BH.

Além disso, conforme a prefeitura, no próximo sábado (12), Dia dos Namorados, bares e restaurantes poderão funcionar até a 1h. "Vamos fazer uma homenagem ao Dia dos Namorados", brincou Kalil.

E completou: "Estou tentando dar uma puxada de saco neles [donos de bares e restaurantes], para ver se eles melhoram a cara para mim, porque eles estão com a cara muito feia. Mas eu não tenho medo nem de hacker, nem de pressão, nem de buzina", garantiu.

O prefeito fez uma em referência a um ataque de hackers ao site da prefeitura, que aconteceu ontem e voltou a se repetir hoje, durante a coletiva. Por várias vezes, durante a pandemia, Kalil também foi alvo de protestos por decisões de fechamento da cidade.

Outro ponto levantado na coletiva foram as demandas do setor de eventos. De acordo com o secretário de Saúde, foi elaborada uma proposta para a retomada de atividades a partir de um "matriciamento de risco".

O plano seguiu, segundo ele, os moldes do que foi traçado para o retorno das escolas e adaptado para 128 tipos de eventos. Foram considerados, para tanto, particularidades como se eles serão realizados em ambiente aberto ou fechado, se terão alimentação ou não, a quantidade de pessoas envolvidas, entre outros detalhes.

"Nós oferecemos para eles este matriciamento de risco. Eles vão discutir, ver se adequam às necessidades deles, trazer as reivindicações. Vamos ouvir, vamos ver se o protocolo permite, se o momento epidemiológico permite qualquer alteração", explicou o secretário Jackson Machado.