Vecina defende que crianças sem comorbidades voltem às aulas presenciais
O ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, defendeu, em participação ao UOL News, que crianças sem comorbidades voltem à escola para atividades presenciais.
Ontem, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que, a partir de agosto, as escolas públicas e privadas do estado poderão escolher a quantidade de alunos que receberão presencialmente. Hoje, o limite de estudantes que elas podem atender por dia é de 35%.
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Além do uso de máscaras, as escolas precisarão elaborar um plano de retorno que inclui os protocolos sanitários contra a covid-19.
"Do ponto de vista educacional eu acho que nós temos que voltar às aulas. O prejuízo que as crianças estão tendo por não ter convívio entre elas é muito grande. Eu não vejo prejuízo do ponto de vista da obtenção de conhecimento, acho que o grande prejuízo é do ponto de vista da socialização das crianças", argumentou o médico.
Ele lembrou ainda que a maior parte das crianças, quando acometidas pela covid-19, não desenvolvem casos graves. "É um risco calculado. Se é uma criança hígida, se não tem comorbidade, acho que tem que ir para a escola", defendeu ele.
"Se ela mora com adultos que fazem parte do grupo de risco e que ainda não foram vacinadas, vamos considerar a possibilidade dela não ir para a escola porque pode ser o vetor que traz a covid da escola para casa. Essa consideração que os pais vão ter que fazer: as condições sanitárias da criança e as condições sanitárias de quem vive na casa", acrescentou Vecina.
Segundo o que foi divulgado pelo governo paulista, cada unidade deverá cumprir os protocolos de limite de presença — cujo cálculo passa a levar em consideração a capacidade física das escolas, e não mais o número de matrículas — e o distanciamento físico — reduzido de 1,5 metro para 1 metro entre as pessoas, seguindo recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Segundo Doria, foram adquiridos 3 milhões de testes de covid-19, que serão destinados aos profissionais da educação e aos estudantes da rede pública estadual.
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