Jornalista enfrentou preconceito ao estudar 'feminejo' de Marília Mendonça
"Passei um ano inteiro escrevendo sobre a Marília Mendonça", é assim que a jornalista e produtora de conteúdo Khelvya Carvalho inicia seu relato em post publicado no Linkedin, que já ultrapassa mais de 13 mil curtidas.
As composições da Rainha da Sofrência foram analisadas no trabalho de conclusão do curso de jornalismo do Centro Universitário 7 de Setembro, que fica localizado em Fortaleza. O TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) é um requisito obrigatório para obter o diploma no ensino superior.
"Como mulher, feminista e comunicadora, sinto muito pela partida dela. Mas como fã, dói ainda mais. É mais do que sentir muito, é como se fosse alguém da minha casa, pelo tanto que ela transbordava simplicidade e carinho com os fãs", afirmou ao UOL.
Khelvya, que é fã da cantora sertaneja que faleceu na última sexta-feira (05) após um acidente aéreo, diz na postagem que as letras de Marília Mendonça são uma referência para outras mulheres. Por isso, na época, a universitária escolheu o título "É por que eu tô magra? Não. É porque eu tô foda-se. Uma análise discursiva das composições da cantora Marília Mendonça".
Preconceito com Marília Mendonça
A jornalista cearense explica que sofreu preconceito quando sugeriu a proposta de analisar as canções da precursora do "feminejo", movimento que promove o empoderamento feminino por meio de músicas sertanejas.
"Quando cheguei com a ideia do trabalho, ninguém deu muito crédito. Perguntaram se eu não queria escrever sobre uma cantora mais "renomada" ou elaborar a análise de um tema mais "sério", diz na rede social.
Apesar de contrariar as opiniões, Khelvya decidiu escrever sobre a forma sincera que Marília Mendonça tratava sobre temas polêmicos, a exemplo da traição, relacionamento abusivo e sororidade, que é o sentimento de união e solidariedade entre as mulheres.
"Tudo isso usando eu lírico feminino, algo que nunca tinha sido visto na indústria da música sertaneja", enfatiza em seu relato.
O trabalho conta com 70 páginas e aborda o feminismo, a música, a cultura popular e a sofrência, que coroou Marília. Infelizmente, não houve oportunidade de mostrar o trabalho para a Rainha da Sofrência.
Para a jornalista, o ambiente acadêmico também deve promover o empoderamento, assim como as músicas da cantora.
Khelvya finaliza a publicação dizendo que "a música de Marília Mendonça ultrapassou as barreiras do entretenimento e passou a exercer um papel fundamental; encorajar mulheres.
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