Denunciado por homofobia, ministro da Educação volta a falar de gênero
Denunciado por crime de homofobia, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse hoje que o governo não vai permitir "ensinar coisa errada" nas escolas, ao mencionar questões de gênero.
"Nós não vamos permitir que a educação brasileira vá por um caminho de tentar ensinar coisa errada para as crianças. Coisa errada se aprende na rua. Dentro da escola, a gente aprende o que é bom, o correto, o civismo, o patriotismo", disse ele durante evento do governo sobre merenda escolar.
Não é a primeira vez que Ribeiro expõe opiniões que associam negatividade à comunidade LGBTQIA+.
"Não tem esse negócio de ensinar [que se] você nasceu homem, [você] pode ser mulher. Respeito todas as orientações. Mas uma coisa é respeitar, incentivar é outro passo", disse.
Ribeiro já disse que a homossexualidade não seria normal e atribuiu sua ocorrência a "famílias desajustadas". As declarações foram dadas em entrevista de setembro de 2020 ao jornal O Estado de S. Paulo.
Por causa disso, a Procuradoria-Geral da República o denunciou ao STF (Supremo Tribunal Federal) pela prática do crime de homofobia.
"Ao afirmar que adolescentes homossexuais procedem de famílias desajustadas, o denunciado discrimina jovens por sua orientação sexual e preconceituosamente desqualifica as famílias em que foram criados, afirmando serem desajustadas, isto é, fora do campo do justo curso da ordem social", disse o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros.
Na avaliação da PGR, ao desqualificar homossexuais publicamente, Milton ofende tanto os integrantes desse grupo quanto seus familiares.
Segundo a denúncia, declarações de pessoas em posição de poder e influência, como é o caso de ministros de Estado, induzem a sociedade a ter como legítima a prática de comportamentos violentos contra a comunidade LGBTQIA+.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.