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CPI do MEC: Pacheco diz que analisará pedido de Randolfe na próxima semana

Colaboração para o UOL, em Brasília

29/06/2022 16h51Atualizada em 29/06/2022 19h34

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou hoje que deve decidir sobre a leitura do pedido de instalação da CPI do MEC após reunião com os líderes dos partidos com representação na Casa, na próxima segunda-feira (4). Segundo o congressista, a análise da criação da comissão será feita conforme manda o Regimento Interno do Senado.

A declaração foi dada após reunião de governistas com o presidente do Senado na manhã de hoje. Eles buscam evitar a abertura da CPI antes das eleições presidenciais. O presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em segundo lugar nas pesquisas, tenta a reeleição ao Palácio do Planalto.

A demanda do grupo, encabeçado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), líder da bancada do PL, e Carlos Portinho (PL-RJ), líder do governo na Casa, é para que Pacheco leve o tema para a reunião de líderes, com o argumento de que os trabalhos legislativos em época eleitoral ficam esvaziados. Com isso, teria que articular nas bancadas a composição das CPIs — tanto a do MEC, quanto as protocoladas pelos aliados do governo.

Em outra frente, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que também se reuniu com Pacheco hoje, afirmou estar confiante que o pedido será analisado até a próxima terça-feira (5). "Saímos do encontro convencidos de que teremos a CPI do MEC", afirmou o congressista.

Governo Bolsonaro minimiza impacto de Milton Ribeiro

O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) aposta que o caso envolvendo o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro terá repercussão eleitoral ínfima. "A corrupção não é um tema da vida real", disse um integrante do núcleo de campanha do mandatário à colunista Thaís Oyama, do UOL.

Senadores da oposição protocolaram ontem, na Secretaria Geral da Mesa do Senado, o requerimento de criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar supostas irregularidades no MEC (Ministério da Educação). Autor do pedido, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou o documento acompanhado das deputadas federais Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Luiza Erundina (PSOL-SP). A instalação do colegiado depende agora do aval do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Durante participação no UOL News ontem, Randolfe destacou que o foco principal da CPI será o "escândalo de corrupção" que envolve diretamente Milton Ribeiro e os pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura, que foram presos na semana passada no âmbito da operação Acesso Pago.

Porém, ressaltou o senador, a Comissão não deve se eximir de investigar a suposta "intervenção indevida" de Bolsonaro no curso do processo. Na semana passada, após a prisão de Milton, Arilton e Gilmar — todos já soltos —, Randolfe conseguiu o mínimo de assinaturas necessárias para a abertura da CPI do MEC no Senado.

Quem assinou pedido de CPI do MEC

1. Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
2. Paulo Paim (PT-RS)
3. Humberto Costa (PT-PE)
4. Fabiano Contarato (PT-ES)
5. Jorge Kajuru (Podemos-GO)
6. Zenaide Maia (PROS-RN)
7. Paulo Rocha (PT-PA)
8. Omar Aziz (PSD-AM)
9. Rogério Carvalho (PT-SE)
10. Reguffe (União-DF)
11. Leila Barros (PDT-DF)
12. Jean Paul Prates (PT-RN)
13. Jaques Wagner (PT-BA)
14. Eliziane Gama (Cidadania-MA)
15. Mara Gabrilli (PSDB-SP)
16. Nilda Gondim (MDB-PB)
17. Veneziano Vital do Rego (MDB-PB)
18. José Serra (PSDB-SP)
19. Eduardo Braga (MDB-AM)
20. Tasso Jereissati (PSDB-CE)
21. Cid Gomes (PDT-CE)
22. Alessandro Vieira (PSDB-SE)
23. Dario Berger (PSB-SC)
24. Simone Tebet (MDB-MS)
25. Soraya Thronicke (União-MS)
26. Rafael Tenório (MDB-AL)
27. Izalci Lucas (PSDB-DF)
28. Giordano (MDB-SP)
29. Marcelo Castro (MDB-PI)
30. Confúcio Moura (MDB-RO)
31. Jarbas Vasconcelos (MDB-PE)

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