Topo

SP: Justiça condena donas de escola por maus-tratos contra crianças

Roberta Serme era dona da escola e foi condenada a mais de 49 anos de prisão - Reprodução/Redes sociais
Roberta Serme era dona da escola e foi condenada a mais de 49 anos de prisão Imagem: Reprodução/Redes sociais

Do UOL, em São Paulo

27/02/2023 13h08Atualizada em 27/02/2023 16h04

A Justiça de São Paulo condenou as donas da escola Colmeia Mágica, na zona leste de São Paulo, e uma funcionária por maus-tratos contra crianças.

O caso veio à tona em março do ano passado. Cabe recurso.

As penas ficaram assim:

  • Roberta Regina Rossi Serme, uma das donas da escola, foi condenada a 49 anos, nove meses e dez dias de detenção em regime fechado, além de um ano e quatro meses em semiaberto;
  • Fernanda Carolina Rossi Serme, irmã de Roberta, sócia e coordenadora, teve pena de 13 anos e quatro meses em regime semiaberto;
  • Solange da Silva Hernandez, funcionária, foi condenada a 31 anos, um mês e dez dias em regime fechado, além de oito meses em semiaberto.

Roberta e Fernanda estão presas desde o ano passado. Já a funcionária respondia ao processo em liberdade.

O advogado das donas da escola, Eugênio Malavasi, afirmou à reportagem que vai recorrer. "A sentença é totalmente contrária à evidência dos autos e a todo o regramento que rege os critérios estabelecidos na aplicação da pena", disse.

O UOL tenta contato com a defesa de Solange.

Em março do ano passado, o caso foi parar na Polícia Civil após fotos e vídeos de bebês amarrados com lençóis a cadeiras conhecidas como bebê-conforto viralizarem nas redes sociais.

Na época, o UOL ouviu mães de alunos e ex-funcionários sobre a situação. Quem já trabalhou na escola afirmou que Roberta orientava a todos sobre o "procedimento" de enrolar as crianças em lençol quando elas choravam.

Roberta e Fernanda sempre negaram as acusações.

Em março, famílias de alunos protestaram na frente da escola, na zona leste - Reprodução/Redes sociais - Reprodução/Redes sociais
Em março, famílias de alunos protestaram na frente da escola, na zona leste
Imagem: Reprodução/Redes sociais

A reportagem conversou com mães de alunos após a decisão e o sentimento, segundo elas, é de "alívio" e "justiça".