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Governo de SP sobre ameaças a entidades de ensino: 'Casos são investigados'

Escola Thomazia Montoro, que sofreu ataque em São Paulo, retomou as aulas na segunda-feira (10) - Tomzé Fonseca/Futura Press/Estadão Conteúdo
Escola Thomazia Montoro, que sofreu ataque em São Paulo, retomou as aulas na segunda-feira (10) Imagem: Tomzé Fonseca/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

11/04/2023 22h53

Com o aumento de ameaças anônimas a escolas e universidades, o governo de São Paulo afirmou hoje que investiga todos os casos e mantém contato com as direções das unidades de ensino. As aulas estão mantidas nas instituições.

O que aconteceu

Mensagens e vídeos de supostas ameaças passaram a circular nas redes sociais e grupos de WhatsApp. As mensagens anônimas aumentaram após o ataque a uma escola em São Paulo e a uma creche em Blumenau (SC).

A secretaria de Educação do estado disse que as escolas estão "atentas aos comportamentos dos estudantes".

A SSP (Secretaria de Segurança Pública) destacou o trabalhou da polícia. Disse que 566 policiais militares atuam no "policiamento realizado no entorno das unidades educacionais em todo o estado, por meio do programa Ronda Escolar".

Todos os casos de ameaça são investigados. As diretorias das unidades de ensino estão em alerta para qualquer denúncia, que, se confirmada, é tratada em conjunto com a Vara da Infância e Juventude."
Secretaria de Segurança Pública de São Paulo

Universidades pedem rigor na segurança

A Semesp, entidade que reúne mantenedoras do ensino superior, pediu que as universidades privadas sigam com mais "rigor" os protocolos de segurança. A nota foi divulgada na noite desta terça-feira.

A entidade ressalta que não há confirmação de "qualquer evento". As aulas também estão mantidas.

Em grupos do Whatsapp, estudantes do ensino superior têm recebido supostas ameaças. A Unip acionou a polícia na semana passada e reforçou a segurança nas unidades, por exemplo.

Uma vez que não há confirmação efetiva, neste momento, de qualquer evento que possa afetar a integridade das IES [Instituições de Ensino Superior], gostaríamos de sugerir que mantenham a serenidade."
Semesp

Mas, por cautela, recomendamos que procurem seguir com mais rigor os protocolos de segurança, limitando as visitas aos campi e reforçando a vigilância nas imediações e dentro das instalações, a fim de garantir a proteção de seus alunos, docentes e colaboradores.
Semesp

Especialistas afirmam que a sociedade precisa denunciar publicações e vídeos com as ameaças. E alertam que esse tipo de conteúdo não deve ser compartilhado, já que pode gerar pânico na população.

Nota da SSP de São Paulo

A SSP informa que a Polícia Militar mantém contato permanente com as direções das escolas. Atualmente, 566 policiais militares atuam no policiamento realizado no entorno das unidades educacionais em todo o Estado, por meio do programa Ronda Escolar. O patrulhamento nas imediações também é feito por policiais a pé e em motocicletas.

Todos os casos de ameaça são investigados. As diretorias das unidades de ensino estão em alerta para qualquer denúncia, que, se confirmada, é tratada em conjunto com a Vara da Infância e Juventude.

É importante salientar que o consenso entre especialistas é que a divulgação de imagens ou informações de um atentado serve para fomentar novos casos, no que é conhecido como "efeito contágio". A imprensa, inclusive, parece ter se conscientizado disso e muitos veículos - mas não todos - suprimiram informações do ataque à escola em Blumenau.

Da mesma forma, percebe-se que a divulgação de ameaças (muitas das quais não passam de boatos) tem seguido o mesmo comportamento. Quanto mais se noticia, mais casos surgem. Além do efeito contágio, a divulgação dessas ameaças cria uma sensação de pânico generalizado em pais e professores - motivo pelo qual a pasta acredita que deve ser reavaliada.