Zema diz que escolas cívico-militares vão seguir com os Bombeiros em MG
13/07/2023 12h37Atualizada em 13/07/2023 19h10
O governo de Minas disse que as escolas cívico-militares ligadas ao governo federal seguirão funcionando mesmo após o governo Lula (PT) encerrar o Pecim (Programa de Escolas Cívico-Militares).
O que aconteceu
O governador Romeu Zema (Novo) disse que o projeto terá gestão compartilhada com o Corpo de Bombeiros e eles serão liderados pelo diretor escolar. Não há, porém, detalhes de como será o programa.
A tradição, a disciplina e o prestígio de uma das instituições mais respeitadas do mundo agora se unem ao trabalho de ensino dos mineiros. Aqui a educação é sempre prioridade".
Zema
Atualmente, Minas possui 16 unidades incluídas no modelo federal, sendo nove estaduais, que atendem 6 mil alunos, e sete municipais. Uma outra escola municipal estava em processo para aderir ao programa.
A decisão foi tomada após o governo Lula (PT) decidir encerrar o Pecim (Programa de Escolas Cívico-Militares). Com isso, o fim do modelo afetará pouco mais de 200 unidades de ensino.
Colégios que são ligados a programas estaduais ou municipais continuam em vigor. Isso porque os governadores e prefeitos têm autonomia, segundo a legislação.
O documento do MEC (Ministério da Educação) pede que as unidades do Pecim sejam reintegradas ao formato regular e se inicie o "processo de desmobilização do pessoal das Forças Armadas". Os estados e municípios, no entanto, podem integrá-las a programas próprios.
Outros Estados querem manter unidades
Ao menos quatro estados governados por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se posicionaram pela manutenção do modelo até o momento.
Além de MG, Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina e Paraná já explicaram o que vai acontecer. SC estuda criar um projeto com "recursos próprios". Procurada pelo UOL, a Secretaria de Educação afirmou que "reconhece a importância" das escolas cívico-militares.
Distrito Federal: a Secretaria de Educação informou que continuará com o "Projeto Escolas de Gestão Compartilhada", que é executado em 13 unidades escolares da rede pública em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, e que adotará medidas para manter as quatro escolas que faziam parte do programa do Governo Federal.
Minhas Gerais: o UOL procurou o governo de Minas para entender a gestão compartilhada com bombeiros e outros detalhes sobre escolas cívico-militares no Estado.
São Paulo: O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que vai editar um decreto para regular um programa próprio de escolas cívico-militares para o estado. Tarcísio afirmou que a ideia é ampliar unidades de ensino com este formato em todo o estado.
Paraná: o governo informou que vai incluir as nove escolas do Pecim no programa estadual, que já está em funcionando. O programa estadual existente segue quase a mesma estrutura do projeto nacional.