PSOL aciona MP e Defensoria para investigar slides da gestão Tarcísio

Dois deputados e um vereador do PSOL acionaram o Ministério Público de São Paulo, a Defensoria Pública e o Tribunal de Contas do Estado e pediram uma investigação sobre os slides da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) apresentados em salas de aulas.

O que aconteceu

A decisão dos parlamentares acontece após o UOL revelar que um dos slides da Secretaria da Educação diz que Dom Pedro 2º, e não sua filha, a Princesa Isabel, assinou a Lei Áurea em 1888. Em outro slide, a pasta afirma que a cidade de São Paulo tem praias.

No pedido, os políticos afirmam que o conteúdo é de "baixa qualidade" e atinge a educação de crianças e adolescentes da rede de ensino. O estado conta com mais de 3,6 milhões de alunos.

Os documentos são assinados pela deputada federal Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Gianazzi e vereador Celso Gianazzi.

Sem detalhes do projeto. Os parlamentares também afirmam que a secretaria não tornou público o processo de escolha dos responsáveis pela produção dos slides, se há um projeto pedagógico por trás ou o custo do material.

Ao UOL, a secretaria afirmou que os responsáveis foram afastados após a publicação da reportagem. A pasta, entretanto, não informou o número de servidores envolvidos e quem são eles.

O secretário da Educação, Renato Feder, anunciou em agosto que o governo iria usar os slides como conteúdo único de formação, abrindo mão de cerca de 10 milhões de livros fornecidos pelo Ministério da Educação. Após repercussão negativa, ele recuou. Antes disso, o governador chegou a afirmar que o material digital foi criado para "aprofundar o conteúdo".

Os slides continuaram e são a aposta do governo Tarcísio de um material 100% digital produzido pela própria secretaria.

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