Enem não terá mudanças em 2024, diz ministro da Educação
O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), principal porta para o ensino superior no Brasil, não sofrerá mudanças em 2024. A informação foi dada pelo ministro da Educação, Camilo Santana.
O que aconteceu
O ministro afirmou que o projeto de lei com as mudanças para o ensino médio deve ser enviado esse mês ao Congresso. A proposta será encaminhada, segundo Camilo, após o presidente Lula (PT) voltar de viagem.
Com as alterações no ensino médio, o Enem também passará por atualizações. Por isso, havia uma expectativa de que a edição 2024 receberia essas mudanças. O ministro, entretanto, disse que elas devem ficar para 2025.
Nosso objetivo é aprovar as mudanças no ensino médio ainda esse ano e, em 2024, discutir alterações para o Enem 2025.
Camilo Santana, ministro da Educação
O MEC também vai lançar um programa de recomposição de aprendizagem no ano que vem, disse o ministro. A ideia é evitar que os alunos que vão concluir o ensino médio em 2024 sejam prejudicados no exame, já que fizeram toda a etapa dentro do atual formato.
O novo formato do Enem será feito alinhado com o PNE (Plano Nacional de Educação), que terá um novo ciclo a partir do próximo ano. Reportagem do UOL mostrou que as metas do plano, criadas em 2014, estão longe de serem atingidas.
As declarações do ministro foram dadas durante o 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, organizado pela Jeduca, a associação de jornalistas de educação.
Congresso vai analisar projeto do novo ensino médio
Entre as mudanças que serão encaminhadas ao Congresso, está o aumento para 2,4 mil horas na formação básica (que inclui as disciplinas, como matemática e português). Com o novo ensino médio, essa parte era responsável por 1,8 mil horas.
Os itinerários formativos, que são a parte flexível do currículo, serão definidos a partir de determinações do CNE (Conselho Nacional de Educação) em conjunto com o Consed (Conselho de Secretários de Educação).
Um projeto de lei que prevê a oferta de bolsas para alunos do ensino médio também será enviado ao Congresso. O objetivo é atrair os estudantes e diminuir os índices de evasão. O ministro não informou os valores.
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