Polícia investiga dois possíveis crimes em caso de estudantes nus da Unisa
A Polícia Civil investiga dois possíveis crimes cometidos por cerca de 20 estudantes de medicina da Unisa (Universidade Santo Amaro) flagrados em vídeo exibindo as genitálias durante em uma partida de vôlei feminino em São Carlos, interior de São Paulo. Em outras imagens, eles aparecem pelados correndo pela quadra.
Como estão as investigações
A Polícia Civil abriu ontem, após a repercussão do caso, uma investigação para apurar o crime de ato obsceno, mas apura se o caso pode ser tipificado como importunação sexual. O próximo passo agora é identificar e ouvir os estudantes flagrados nas imagens e as vítimas.
Os investigadores irão notificar hoje à tarde a Unisa. A Polícia Civil também está atrás de outras possíveis imagens que flagraram a ação.
Para apurar se houve importunação sexual, precisamos apurar se os suspeitos tocaram nas vítimas ou se falaram algo que tipifique a conduta. Seria o mesmo crime desses casos que ocorrem em locais públicos, quando uma pessoa é flagrada se masturbando.
João Fernando Baptista, delegado que investiga o caso
O crime de ato obsceno, já investigado, tem pena que varia de três meses a até um ano de prisão. Caso a Polícia Civil entenda que os suspeitos cometeram importunação sexual, eles podem ser condenados por até cinco anos de prisão.
Os responsáveis pela organização do evento esportivo também serão ouvidos pela polícia.
A Unisa informou ontem que expulsou os alunos envolvidos no episódio, que ocorreu em maio, mas só agora ganhou repercussão. Mas não informou quantos alunos foram identificados na filmagem.
Hoje, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que os alunos que ficaram nus devem responder legalmente sobre o caso. Ele afirmou que o caso é "inaceitável" e que a pasta aguarda a resposta oficial da Unisa.
Não só importante a expulsão, mas também que os alunos possam responder legalmente aos fatos ocorridos. Não podemos imaginar um jovem estudante de medicina com esse tipo de atitude.
Camilo Santana, ministro da Educação
O UOL investigou por dois meses relatos que envolviam práticas graves envolvendo uma cultura de abusos na Unisa. Na época, a instituição não respondeu nenhuma das 13 tentativas de contato da reportagem.
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