Criatividade de alunos brasileiros é das mais baixas do mundo, diz ranking

A criatividade de alunos brasileiros de 15 anos é uma das baixas do mundo: 54,3% dos estudantes avaliados pelo Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, na sigla em inglês) apresentaram baixo nível de criatividade quando desafiados a resolver problemas sociais e científicos.

O que aconteceu

O Brasil ficou na 44ª posição entre 57 países membros e parceiros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). A nota média dos brasileiros foi 23, enquanto a média dos países da OCDE foi 33, em uma escala de 0 a 60 pontos.

É a primeira vez que a prova, aplicada em 2022, mediu a criatividade dos estudantes. Eles tentaram medir se os alunos conseguem soluções originais para um problema, se têm imaginação para criar histórias fora das expectativas e se são capazes de apresentar uma nova ideia usando a escrita.

O Brasil ficou atrás de países como Jamaica, Mongólia, Cazaquistão e dos vizinhos Uruguai e Colômbia. O país teve a mesma nota média que nações como Panamá, El Salvador, Arábia Saudita e Peru.

Alunos ricos tiveram desempenho melhor. Enquanto os estudantes brasileiros pobres tiveram média de 19 pontos (equivalente à Indonésia), os mais ricos atingiram média de 30 pontos (equivalente à Croácia).

54,3% dos alunos brasileiros atingiram os níveis mais baixos do Pisa. Isso significa que eles têm ideia óbvias e dificuldade em propor uma solução a um problema. Além disso, fazem apenas desenhos simples sobre temas do cotidiano.

A criatividade não é um dom, mas uma competência que precisa ser desenvolvida na escola. A entrada da criatividade (...) nas recentes edições do Pisa marca o reconhecimento do papel da escola na formação de habilidades essenciais para a humanidade.
Patricia Mota Guedes, superintendente do Itaú Social

Meninas foram mais criativas

Segundo a OCDE, as alunas se saíram melhor no teste. Enquanto 31% delas atingiram nível 5 de proficiência, considerado alto, apenas 23% dos alunos conseguiram atingir o mesmo patamar.

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Alunos mais ricos se saíram melhor no mundo todo. A diferença em relação aos alunos com baixo poder econômico foi de 9,5 pontos.

Veja os países que ficaram no top 10

  1. Singapura (41 pontos)
  2. Coreia do Sul (38 pontos)
  3. Canadá (38 pontos)
  4. Austrália (37 pontos)
  5. Nova Zelândia (36 pontos)
  6. Estônia (36 pontos)
  7. Finlândia (36 pontos)
  8. Dinamarca (35 pontos)
  9. Letônia (35 pontos)
  10. Bélgica (35 pontos)

Média geral da OCDE: 33 pontos

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