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Metade dos alunos do 9º ano já experimentou álcool, segundo o IBGE

Do UOL, em São Paulo

26/08/2016 10h00

Mesmo sendo menores de idade, 55,5% dos estudantes do último ano do ensino fundamental já experimentaram bebidas alcoólicas. Desse total, 21,4% já sofreram algum episódio de embriaguez na vida. Os números são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar – PeNSE, divulgada nesta sexta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Realizado em 2015 com apoio dos ministérios da Saúde e da Educação, o estudo analisou pouco mais de 102 mil questionários de estudantes brasileiros de escolas públicas e privadas na faixa etária de 13 a 15 anos.

Outro destaque do levantamento diz respeito à alimentação saudável desses alunos. Para o IBGE, o resultado indica um fator preocupante. Dos entrevistados, 41,6% tinham o costume de consumir as chamadas guloseimas (balas, confeitos, doces, chocolates, sorvetes e outros) cinco dias ou mais em uma semana normal. O maior percentual foi registrado no Estado de São Paulo (47,7%), que superou a média nacional. Por outro lado, Piauí apresentou o menor índice, com 31,2%.

Além disso, 62,3% dos participantes não comiam legumes e 67,3% não consumiam frutas frescas frequentemente durante a semana. Ao mesmo tempo, 13,7% costumavam comer salgados fritos, 31,3% salgadinhos “de pacote” e 26,7% beber refrigerantes semanalmente (igual ou superior a cinco dias).

O resultado acende um alerta. Segundo o relatório, a ausência de uma normativa nacional para regular a venda desses tipos de alimento dentro das escolas pode comprometer a promoção de hábitos alimentares saudáveis para os estudantes.

Confira a seguir outros destaques:

PeNSE 2015

  • Getty Images

    Bebida alcoólica

    O índice de alunos (56,2%) do 9º ano das escolas públicas que já experimentou álcool é maior do que nas escolas privadas. Os Estados do Rio Grande do Sul (68,0%) e do Amapá (43,8%) foram os que contabilizaram o maior número de estudantes nessa situação.

  • Thinkstock

    Cigarro

    18,4% dos alunos já experimentaram cigarro. O estudo aponta que o índice de meninos (19,4%) que já fumou é maior do que o das meninas (17,4%). A Região Sul (24,9%) apresentou o maior valor para a experimentação do cigarro e a Região Nordeste o menor (14,2%).

  • Getty Images

    Aparência física

    84,1% dos alunos consideravam que a imagem corporal era importante ou muito importante. As meninas foram as que mais se preocuparam com a aparência. Apesar disso, 72% dos adolescentes estavam satisfeitos ou muito satisfeitos com o próprio corpo.

  • iStock

    Bullying

    20,1% dos participantes informaram que praticaram bullying com algum colega de escola. Na outra ponta, 7,4% dos alunos revelaram que se sentiram humilhados na maior parte do tempo ou sempre pelas provocações dos colegas nos últimos 30 dias - contando do dia da pesquisa.

  • Thinkstock

    Iniciação sexual

    De acordo com o levantamento, 27,5% dos estudantes do último ano do ensino fundamental já tiveram relação sexual. Dos estudantes do sexo masculino 36,0% declararam já ter tido relação sexual, enquanto os do sexo feminino deste mesmo grupo o percentual foi de 19,5%.

  • Getty Images

    Muito tempo sentado

    De acordo com a pesquisa, 60% dos alunos assistem mais de duas horas de televisão num dia de semana normal. O hábito é mais comum entre as meninas do que entre os meninos.

  • Robson Ventura/Folhapress

    Merenda

    Do total de entrevistados, 86,6% dos estudantes da rede pública disseram que suas escolas ofereciam comida (merenda ou almoço) com frequência, mas apenas 38,1% informaram que tinham o costume de consumir a comida ofertada.

  • Thinkstock

    Lar doce lar

    59,4% dos entrevistados do 9º ano disseram morar com o pai e a mãe. Outros 30,6% informaram morar só com a mãe, enquanto 4,4% declararam morar só com o pai. Os que responderam não morar nem com mãe nem com pai totalizaram 5,7%.

  • Shutterstock

    Escolaridade da mãe

    O estudo considera a escolaridade das mães importante para a proteção da saúde de crianças e adolescentes. Apenas 13,3% possuíam mães com nível superior completo. 24,8% disseram que as mães não tinham instrução ou possuíam o ensino fundamental incompleto.