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Para cursos técnicos de nível médio, indicação é fazer a escola regular e a técnica ao mesmo tempo

Elisa Estronioli

Em São Paulo

12/08/2010 12h00

Desde 1997, o ensino técnico não é mais vinculado ao médio. Apesar disso, Aumério Melquíades de Araújo, coordenador de ensino médio e técnico do Centro Paula Souza, defende que os jovens façam os dois juntos: "eu acho que o jovem que está no ensino secundário já está pensando em uma profissão. Se ele quer se profissionalizar, é melhor fazer durante o ensino médio, enquanto ainda não está trabalhando", defende.

 

Foi o caso de Rayran Gomes, que cursou o técnico em informática no Centro Educacional de Pedreira, em São Paulo, enquanto cursava o colegial, este de manhã e o técnico durante a tarde. "Acho que foi bom fazer o técnico porque algumas matérias complementavam o curso médio normal, como matemática e física. É um pouco mais puxado, mas não diria que atrapalhou [os estudos], dava até para fazer esportes."

Rayran conta que o técnico o ajudou a escolher a graduação que faz atualmente - engenharia elétrica com ênfase em computação. "Também me deu visão de mercado de trabalho antes de escolher minha carreira universitária". Ele também ressalta a empregabilidade: após seis meses de estágio obrigatório, Rayran foi efetivado como analista de rede em uma empresa de fotocópia.

"Se a pessoa já se identifica com alguma das disciplinas oferecida nos cursos técnicos, acho que é válido fazer, porque vai ajudar a deixar mais claro se é isso que ela quer como profissão. Mas o técnico não é a única opção. Tem pessoas que desde muito cedo já tem um perfil mais empreendedor, então elas podem se preparar melhor, talvez, fazendo um cursinho mais focado para o vestibular, enquanto o técnico foca mais para uma carreira. São duas vias, é preciso escolher a mais apropriada", aconselha Rayran.