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Manifestação de estudantes em apoio à greve dos professores termina em confusão na porta do MEC

Estudantes quebraram a vidraça da portaria e de algumas janelas do térreo do prédio do MEC - Marcello Casal Jr/ABr
Estudantes quebraram a vidraça da portaria e de algumas janelas do térreo do prédio do MEC Imagem: Marcello Casal Jr/ABr

Amanda Cieglinski

Da Agência Brasil, em Brasília

05/06/2012 17h44

Estudantes que estavam reunidos na frente do MEC (Ministério da Educação) em manifestação de apoio à greve dos professores das universidades federais quebraram a vidraça da portaria e de algumas janelas do térreo do prédio. Houve confronto com policias militares que acompanhavam a manifestação.

De acordo com o presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Daniel Iliescu, o grupo que depredou o prédio era uma “minoria” que agiu sem que houvesse nenhuma deliberação do movimento. Apesar disso, criticou a “truculência” dos policiais.

Um grupo de cerca de mil estudantes do ensino superior se concentrou na manhã de hoje na porta do ministério em apoio à greve dos docentes das universidades federais que dura 20 dias.

Em algumas instituições, os alunos também declararam greve estudantil. De acordo com Iliescu, existe a possibilidade de uma greve nacional dos estudantes, que será votada durante reunião do Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg) que reunirá os diretórios centrais estudantis das universidades federais neste mês.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, se reuniu hoje com o comando de greve nacional e informou que na semana que vem haverá uma reunião para retomar as negociações. Ele voltar a dizer que considera a greve precipitada e que considera normal o engajamento dos estudantes no movimento. Entretanto, condenou o quebra-quebra.

A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de carreira. Em acordo firmado no ano passado, o governo prometeu um reajuste de 4%, a incorporação de parte das gratificações e a revisão do plano para 2013.

Os dois primeiros pontos já foram atendidos, mas não houve avanço na revisão da carreira. De acordo com o último balanço divulgado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), professores de 48 instituições aderiram à paralisação.