Prefeitura afasta professora que sugeriu que pais usassem "cintadas" na educação do filho
A Prefeitura de Sumaré (118 km de SP) anunciou nesta terça-feira (26) que afastou a professora que sugeriu, em um bilhete, que pais de um aluno de 12 anos usassem “cintadas” e “varadas” como forma de educação. A prefeitura também abriu uma sindicância interna para apurar o caso. A professora deve ficar afastada pelo menos até a conclusão da sindicância.
As medidas foram anunciadas após uma reunião nesta manhã entre os pais da criança e a direção da escola, que ficou de elaborar um ofício sobre o caso e enviá-lo à Secretaria Municipal de Educação. A professora não participou da reunião.
Após a reunião, o pai do garoto, o comerciante André Luís Ferreira Lima, declarou esperar que a professora seja afasta. “O mínimo que esperamos é que ela seja afastada temporariamente”, disse ele.
A Secretaria Municipal de Educação informou, em nota, que a professora “abonou no dia de hoje (26) e que será oferecido afastamento de licença médica para acompanhamento psicológico para a professora”.
No bilhete escrito a mão em papel timbrado, a professora de português escreve que a criança da 5ª série do ensino fundamental tinha um comportamento inadequado em sala de aula e que os pais precisavam conversar com o filho sobre isso.
"Quer conversar com o seu filho? Se a conversa não resolver. Acho que umas cintada vai resolver (sic)", escreveu a professora, no texto que possui erros de concordância verbal. Em outro trecho ela diz: "Esqueça tudo o que esses psicólogos fajutos dizem e parta para as 'varadas'".
Dificuldade de aprendizado
A família recebeu o bilhete da professora no início deste mês. Em seguida, os pais foram até a escola e reclamaram à diretora do tratamento dado ao filho. De acordo com os pais, o garoto possui dificuldade de aprendizado e isso foi diagnosticada há cerca de dois anos. Ele passa por tratamento psicológico.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, a sindicância tem prazo de três meses para ser concluída, podendo ser prorrogada por mais três meses. Serão ouvidas na apuração a professora, testemunhas e pais do garoto. A prefeitura deve sugerir ainda que a educadora saia de licença médica por 15 dias.
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