MEC lança guia do participante do Enem 2012 com dicas para fazer boa redação na prova
O MEC (Ministério da Educação) lançou nesta segunda-feira (30) o guia do participante do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012, que explica, em detalhes, como será a correção da redação e dá exemplos de textos-modelo para a prova.
O guia “A Redação no Enem 2012” ainda traz seis redações do Enem 2011 que tiraram a nota máxima (1000 pontos). Elas são comentadas pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), responsável pela correção da prova.
Serão impressos, segundo o MEC, cerca de 1,7 milhão de exemplares, a serem distribuídos em escolas.
A divulgação do guia já havia sido anunciada pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em maio. As inscrições para o Enem 2012 terminaram em junho e quase 5,8 milhões de candidatos confirmaram participação.
Mudanças neste ano
Na prova deste ano, dois corretores, a princípio, olham a redação do candidato. Se a diferença entre a nota final deles for superior a 200 pontos na nota total ou de 80 pontos em cada uma das competências, um terceiro corretor entra em cena. A nota final será a média aritmética simples das menções “mais próximas”.
Caso a discrepância permaneça, uma banca, formada por três avaliadores, corrige novamente o texto. Ela, então, determina a nota final do candidato.
Na prática, o processo ocorre assim: se o corretor A, por exemplo, deu a um candidato nota 95 para a competência 1 (demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita) e o corretor B deu nota 180, a redação será automaticamente corrigida pelo terceiro avaliador, já que a diferença entre as duas menções será de 85.
São cinco competências e cada uma vale 200 -1.000 é a nota máxima na redação. Se as duas notas finais (a soma das cinco competências) tiveram uma diferença superior a 200 pontos entre os dois avaliadores, o terceiro corretor também atua. Em persistindo a discrepância, o texto vai para a banca.
Veja o que mudou na correção da redação do Enem
Processo de correção | Como era (em 2011) | Como ficou (em 2012) |
Número de correções iniciais | Duas | Duas |
Discrepância na nota total | Igual ou maior que 300 na soma | Maior que 200 na soma total |
Discrepância na competência | Não existia | Maior que 80 em qualquer competência |
3ª correção | Supervisor (instância final) | Correção independente |
4ª correção em banca | Não existia | Banca (instância final) |
Esta é a segunda mudança na diferença mínima de pontos para uma nova correção da redação. Nas edições de 2009 e 2010, era preciso que os dois corretores dessem notas com no mínimo 500 pontos de discrepância entre uma e outra para que houvesse uma nova avaliação. No ano passado, o limite caiu para 300; agora, são 200 pontos.
De acordo com o MEC, as redações terão que ter um mínimo de sete linhas para poderem ser corrigidas.
Vista da redação
O anúncio de que os estudantes poderão ver uma cópia da redação do Enem atende, na verdade, a um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), assinado com o Ministério Público em agosto de 2011. No acordo, o MEC se comprometia a liberar a correção do texto no exame de 2012. Foi esse, inclusive, um dos argumentos do governo nos recursos contra as decisões judiciais que obrigavam o ministério a dar vista da prova no ano passado.
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