Topo

Para professores, prova do segundo dia do Enem 2012 exigiu do candidato leitura crítica

Cristiane Capuchinho

Do UOL, em São Paulo

04/11/2012 20h57

O segundo dia de prova do Enem 2012 (Exame Nacional do Ensino Médio) trouxe enunciados longos e a exigência de uma leitura crítica feita pelos candidatos, de acordo com professores ouvidos pelo UOL Educação.

A prova de linguagens e códigos e a redação trouxeram textos com problemática social e com diferentes tipos de linguagem, como tirinhas, poesia e artes, que exigiam do aluno interpretação de texto e capacidade de estabelecer relações com o mundo.

O tema da redação foi "Movimento Imigratório para o Brasil no século XXI" e citava os casos dos bolivianos e dos haitianos.

“A prova exigiu um aluno com boa leitura, com senso crítico”, avalia a professora Vera Lúcia Antunes, do curso e colégio Objetivo.

Na parte de português, a prova não exigiu conteúdos gramaticais específicos, mas pedia uma boa capacidade de interpretação de texto e análise. “Não exigiram conteúdo específico, mas bom desempenho na leitura e na capacidade de argumentação para a escrita da redação”, considera o professor de português do Objetivo Francisco Achcar.

Para o diretor pedagógico do cursinho Oficina do Estudante, Célio Tasinafo, o estudante que está acostumado a ler não deve ter tido problemas. “A prova trazia subsídios para o aluno, então não estava mais difícil do que em outros anos”, afirmou.

A prova de matemática seguiu a linha de outros anos, com a cobrança de conteúdos da disciplina contextualizados no cotidiano. No entanto, a prova era longa. “Não havia muito trabalho com contas, mas pelo número de questões não sobrava muito tempo para interpretar os textos, que exigiam atenção”, disse o coordenador pedagógico do Etapa Marcelo Dias Carvalho.

Diferentemente de sábado (3), quando duas questões geraram polêmica entre os professores que fizeram a correção da prova, o exame de hoje não teve problemas até o momento.

O candidato que escolheu o inglês como idioma estrangeiro enfrentou uma prova equilibrada e bem elaborada, que pode ser considerada um pouco mais simples que a de espanhol, segundo Carvalho.