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Intercambista gosta dos brasileiros, mas acha banheiros públicos sujos

Claudia Emi Izumi

DO UOL, em São Paulo

14/06/2013 06h00

Levina Ranisari, 19, estuda engenharia elétrica na NUS (Universidade nacional de Cingapura), mas é indonesiana e veio ao país para participar de um intercâmbio social. 

“Sempre tive interesse na cultura latino-americana . Vivendo em uma região do extremo sul asiático, as oportunidades para explorá-la a longa distância eram limitadas”, disse a universitária.

Levina está em Salvador (BA) há duas semanas e ficará mais sete. Ela participa de um projeto para crianças brasileiras, o Gira Mundo Arts, junto com a sul-africana Sandra Kiagora Kajuju. 

O jeito amigável dos brasileiros, querendo ajudar mesmo quando não sabem falar direito o inglês, é um dos aspectos positivos do país, segundo a intercambista. “Estive em outros lugares, onde as pessoas sempre parecem muito sérias e estressadas com a pressão dos estudos, trabalho e sociedade. Aqui, tudo parece mais alegre e relaxado.”

Já o trânsito congestionado, a impontualidade brasileira e a falta de segurança pública são os pontos ruins do país. “Algumas áreas são bem perigosas, especialmente para os estrangeiros. Isso limita que viajemos mais por aqui”, afirma. 

A sujeira também surpreendeu a estudante. “É uma pena, mas as pessoas realmente não cuidam dos banheiros públicos; falta limpeza. Vejo também frequentemente as pessoas jogando bitucas de cigarro aleatoriamente”, diz ela, que vive em Cingapura, país conhecido por multar cidadãos e turistas que jogam lixo nas ruas.