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Aluno de 13 anos acusa professora de agressão em escola de Piracicaba

Eduardo Schiavoni

Do UOL, em Americana (SP)

10/04/2014 14h27

Um aluno de 13 anos registrou nessa quarta (09) um boletim de ocorrência em que afirma ter sido agredido por uma professora na Escola Estadual Jardim Gilda, em Piracicaba. Segundo o documento, o garoto teve ferimentos na testa depois de ser empurrado pela docente e bater a cabeça na parede. Houve corte e sangramento no local.

O jovem, que cursa o 8° ano do ensino fundamental, admitiu que estava com os amigos fora da sala de aula brincando com um avião de papel. A professora de história, ao perceber a movimentação, pediu que o grupo entrasse. Com a demora do jovem para cumprir a ordem, a docente pegou o aluno pelo braço, puxou-o para dentro da sala e teria empurrado o garoto em direção à carteira. Nesse momento, ele teria batido a cabeça contra a parede. Logo depois, percebeu que havia um galo em sua testa e que o local estava sangrando.

Ainda segundo a versão do menor, ele pediu para a professora para sair da sala, mas ela não autorizou. Mesmo sem a autorização, ele deixou o local e foi à diretoria contar o que aconteceu. A professora foi chamada ao local, mas negou o fato e disse à diretora que o menor havia inventado a história.

Garoto não quer mais ir à escola

A avó do estudante, Luiziânia Magalhães, conta que os alunos da sala foram chamados à direção e pelo menos um deles confirmou o acontecimento. “Ele não é mal-educado, nem respondão, mas é meio bagunceiro. Está errado, já cansamos de falar sobre isso. Mas uma professora agredir uma criança não pode”, disse.

A família quer transferir o garoto para outra escola, já que o aluno não quer mais ter aulas com a professora que o agrediu e faltou da escola nos últimos dois dias. "Ele disse que não volta pra lá. Vamos respeitar a vontade dele, porque ele está bem traumatizado com o que aconteceu", informou a avó.

Ela contou que, logo após o ocorrido,  ele chegou a ser levado pelos familiares ao pronto-socorro, passou por exames e foi liberado. Ele também passou por exame de corpo de delito. Por enquanto, a família descarta uma ação judicial contra a professora. Um novo exame de corpo de delito será feito hoje.

Agressão será apurada

A Diretoria Regional de Ensino de Piracicaba, através da Secretaria de Educação estadual, informam "que se mantêm à disposição dos pais do aluno e que uma equipe de supervisores será encaminhada à escola para averiguar a denúncia e, se constatada a ocorrência, sejam tomadas as providências em relação à docente, que já foi advertida sobre como lidar com situações de indisciplina em sala de aula”.

A diretoria disse também que "repudia qualquer ato de violência e que todas as unidades desenvolvem, em conjunto com as comunidades escolares, ações de prevenção e combate a conflitos".